PM tenta "pacificar" a Serra com unidade integrada e câmeras

Alessandra Mendes - Do Hoje em Dia
12/12/2012 às 06:50.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:24

(Eugenio Moraes)

A violência registrada em Belo Horizonte está cada vez mais diversificada. Assaltos a residências, saidinhas de banco, explosões de caixas eletrônicos e homicídios se multiplicam. Os crimes acontecem em diferentes pontos da capital, seja em vilas e favelas ou em áreas nobres.

No Aglomerado da Serra, onde o servente de pedreiro Helenílson Eustáquio da Silva, de 24 anos, foi morto durante uma incursão de militares do Grupo de Patrulhamento em Áreas de Risco (Gepar), a PM tenta conter a violência com a instalação de uma unidade policial integrada e câmeras de vigilância do Olho Vivo.

As medidas pretendem melhorar a segurança e a infraestrutura na área, que tem mais de 60 mil habitantes.
 
Sede
 
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou na terça-feira (11) estar à procura de um local para instalação da Área Integrada de Segurança Pública (Aisp). O anúncio foi feito 15 dias após o assassinato de Helenílson.

A construção da Aisp começa no ano que vem, porém a inauguração está prevista somente para 2014. Os R$ 4 milhões necessários para execução dos trabalhos já estão disponíveis. “A existência de uma unidade física das polícias para facilitar o trabalho das corporações foi um consenso dos comandos. Isso vai trazer segurança para a comunidade”, afirmou o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz.
 
Monitoramento
 
Uma licitação, prevista para o início do ano que vem, vai garantir mais 160 câmeras do Olho Vivo para Belo Horizonte. Algumas delas serão instaladas no Aglomerado da Serra, para auxiliar no combate a crimes. A quantidade e a localização dos equipamentos ainda não foram definidas.

“As câmeras trazem uma segurança maior para o trabalho dos policiais, produzem provas, aumentam a segurança e ainda inibem a atuação de bandidos. Em locais onde os equipamentos foram instalados, foram registradas quedas de até 40% na criminalidade”, alega o secretário. O único aglomerado da capital com o serviço de videomonitoramento é o da Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste.

Presidente da Associação Cultural de Comunicação Comunitária da Serra, Misael Avelino critica a instalação das câmeras. “O governo deveria aplicar o dinheiro na abertura de ruas”.
 
Mudanças
 
O perfil de atuação da PM no Aglomerado da Serra foi redefinido. Além do Gepar, outras unidades da polícia vão fazer o trabalho preventivo. As medidas fazem parte de um pacote dos governos estadual e municipal, que prevê investimentos de mais de R$ 500 mil na ampliação do programa Fica Vivo.
 
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