(Renato Cobucci/Arquivo)
A Justiça determinou que vão a júri popular os policiais militares acusados de assassinar dois moradores do Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O crime ocorreu em fevereiro de 2011. A decisão, por unanimidade, é da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e foi divulgada na tarde desta terça-feira (23). Os advogados de Jason Ferreira Paschoalino e de Jonas David Rosa solicitaram a anulação da sentença, sob a alegação de que a competência no caso seria da Justiça Militar. Mas o relator do recurso, desembargador Júlio César Lorens, afirmou que “os delitos dolosos contra a vida e cometidos contra civil devem ser julgados pela Justiça Comum”. Além disso, a defesa dos réus pediu que eles respondessem o julgamento em liberdade e que não fossem a júri popular. Os policiais justificaram a atitude dizendo que estavam no exercício de suas funções e que se defenderam de um bando armado que atirou contra eles. Porém, o desembargador disse que “não há qualquer constrangimento ilegal” quanto à prisão preventiva dos réus, que visa a garantia da ordem pública. O desembargador acrescentou ainda que “há indícios suficientes de autoria, e que qualquer dúvida acerca dos fatos ser resolvida no Tribunal do Júri". A data do julgamento ainda não foi informada. Relembre o caso O crime ocorreu no dia 19 de fevereiro de 2011, quando policiais entraram na Vila Marçola, naquele aglomerado, com o intuito de combater o tráfico de drogas. No entanto, após um tiroteio, o auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o menor Jeferson Coelho da Silva, de 17, que são sobrinho e tio, acabaram sendo assassinados. Na ocasião, um policial ficou ferido e dois suspeitos morreram.