Polícia Civil abre inquérito para investigar responsável pelo acidente que matou 8 em JF

Do Portal HD
30/07/2012 às 15:05.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:57

A Polícia Civil abriu inquérito nesta segunda-feira (30) para investigar o responsável pelo acidente aéreo que provocou a morte de oito pessoas, no último sábado (28), em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Dentre as vítima da tragédia está do presidente da Vilma Alimentos, Domingos Costa, de 56 anos, e seu filho, Gabriel Barreira Costa, de 14. O inquérito ficará a cargo do delegado Roney Ervilha Cabral. Funcionários da pousada onde o bimotor caiu e do aeroporto onde o avião iria pousar devem ser intimados a prestar depoimento nos próximos dias. Além deles, outros envolvidos no caso também serão convocados para esclarecimentos.   Peritos vão investigar a possibilidade de a queda ter sido provocada pelo voo em baixa altitude do bimotor, que bateu na copa de uma árvore, mas deveria estar a mais de 150 metros de altura. O piloto teria assumido o risco de fazer a aterrissagem, mesmo com a visibilidade provocada pela neblina.   Uma equipe da perícia técnica da Polícia Civil esteve no local para fazer levantamentos no dia do acidente (28), mas as investigações das responsabilidades do acidente serão realizadas pela Aeronáutica que já se encontra com a caixa preta do avião para averiguações técnicas.   A caixa preta do avião foi levada nesta segunda-feira a Brasília para análise. O trabalho de perícia nos gravadores de dados e voz, que irá ajudar a esclarecer as causas do acidente, está a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).   Relatórios finais sobre acidentes aéreos, divulgados pelo Cenipa, geralmente levam cerca de 60 dias para serem confeccionado, mas o prazo total pode chegar a um ano. Paralelamente, a polícia civil abre inquérito para determinar criminalmente o responsável pelo acidente. O bimotor, que partiu da capital, levava executivos da Vilma Alimentos a Juiz de Fora.

Acidente   O acidente ocorreu por volta das 8 horas de sábado, uma hora depois de o bimotor, prefixo PR-Doc, saiu do aeroporto da Pampulha, na capital. Havia muita neblina nas proximidades do aeroporto de Juiz de Fora. Antes de bater no chão, a menos de 80 metros da sede de uma pousada, o avião atingiu a copa de uma árvore e bateu em um quiosque da propriedade. No impacto, o bimotor explodiu.   Segundo informações do aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, onde a aeronave tentou aterrissar antes do acidente, o piloto teria assumido o risco de pousar em meio à forte neblina que cobria a região.   Ele teria sido alertado de que a pista estava fechada por causa da falta de visibilidade. Em um segundo contato, mesmo sabendo que a visão era mínima, o piloto teria avisado que “ia tentar pousar assim mesmo”, conforme informou uma funcionária do Serrinha, identificada por Jéssica. De acordo com ela, esse tipo de procedimento, auxiliado pelo uso de instrumentos, pode ser efetuado por aeronaves particulares.

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