Polícia Civil apura responsabilidades em desabamento

Publicado em 14/04/2015 às 10:33.Atualizado em 16/11/2021 às 23:38.
 (Eugenio Moraes)
(Eugenio Moraes)

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu inquérito para apurar as responsabilidades pelo desabamento de duas casas, que matou uma adolescente e feriu outras três pessoas, no bairro Sagrada Família, na Região Leste de Belo Horizonte. Uma obra ao lado dos imóveis pode ter provocado o desabamento, conforem disseram os vizinhos das vítimas. 

O delegado Paulo Saback, que investiga o caso, explicou que vai ouvir os responsáveis pelo empreendimento nos próximos dias. Segundo ele, já há uma análise preliminar indicando que essas pessoas poderiam ter consciência de que esse fato pudesse ocorrer. Se isso for comprovado, elas vão ser responsabilizadas a título de dolo por conta do óbito da menor, além dos demais ferimentos e lesões ocorridas em relação às outras vítimas.

O advogado dos donos da construção disse que a obra seguiu as diretrizes exigidas por lei e que os responsáveis aguardam esclarecimentos da perícia. O defensor explicou ainda que está sendo prestado toda assistência aos moradores atingidos e os vizinhos.

Nesta segunda-feira a Defesa Civil fez uma vistoria no local e acabou interditando três casas próximas ao local do desabamento.

Tragédia anunciada

Uma adolescente, de 14 anos, Flaira Ferreira da Silva dos Santos, morreu. Outras três vítimas, dois homens e uma mulher foram retirados com vida dos escombros. Osman José Pereira, 58 anos; Leonardo dos Santos Oliveira, 42 anos e Marilene dos Santos Rocha, 47 foram encaminhadas para o Hospital João XXIII pelas equipes do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O acidente aconteceu por volta das 5 horas de domingo (12) na rua Maia Lacerda, altura do número 55, esquina com a avenida Silviano Brandão. As equipes encerraram os trabalhos na mesma noite, e descartada a possibilidade de haver mais vítimas.

Familiares da adolescente que morreu disseram que dias antes do desabamento já haviam procurado os responsáveis pela obra, informando sobra rachaduras que surgiram nas paredes. O engenheiro responsável teria dito que estavam cientes de tudo que estava acontecendo.

A Defesa Civil informou que, em novembro, o engenheiro foi notificado para monitorar os imóveis ao redor da construção devido à altura da escavação, que passa de 15 metros.

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