Crime contra patrimônio

Polícia Civil desarticula quadrilha suspeita de roubo e extração ilegal de minério de ferro

Quinze integrantes do grupo são investigados; dois foram presos temporariamente e dois estão foragidos da Justiça

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
01/12/2023 às 14:31.
Atualizado em 01/12/2023 às 14:56
 (Divulgação / Polícia Civil)

(Divulgação / Polícia Civil)

A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha suspeita de furtar e extrair ilegalmente minério de ferro em Belo Horizonte e cidades da região metropolitana. Quinze integrantes do grupo são investigados. Dois foram presos temporariamente e dois estão foragidos da Justiça.

As prisões ocorreram na última semana, na capital e em Nova Lima, na Grande BH, e divulgadas nesta sexta-feira (1º). Além das prisões, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Barão de Cocais, Mariana, Alvinópolis, Santa Bárbara e Sete Lagoas.

Segundo a PC, uma das empresas vítimas de furto teve mais de 15 veículos de grande porte subtraídos. Além dos municípios mineiros, o grupo prejudicou vítimas também em São Paulo. 

Após meses monitorando o grupo, a PC descobriu que a organização criminosa invadia a propriedade de uma mineradora para furtar ou roubar - inclusive com o uso de arma de fogo - o minério já extraído. 

Segundo o delegado Wesley Campos, que está à frente das investigações, a quadrilha é organizada em células criminosas e os indivíduos têm funções bem definidas. O grupo identificava locais de grande potencial mineral, contratavam operadores de máquinas, “olheiros” que utilizavam rádios de comunicação, e aproveitavam a escuridão da noite para transportar o material subtraído.

As investigações indicaram ainda uma complexa estrutura organizacional criminosa, com empresas “fantasmas” para locação de máquinas pesadas (tratores), caminhões, implementos minerários, como plantas de beneficiamento, britadores, geradores de alta potência, entre outros.

As apurações identificaram ainda que após ser roubado ou furtado, o minério era repassado a diversos receptadores para beneficiamento e revenda a outras empresas, com emissão de notas fiscais fraudulentas. 

“Os receptadores têm conhecimento da origem ilícita do material e todos vão responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e extração de minério, um crime ambiental, que pode chegar a 12 anos de reclusão”, afirmou o delegado.

Foram apreendidos duas carretas bi-trem; dois conjuntos de caminhões; duas PA escavadeiras, uma escavadeira hidráulica, aparelhos celulares, documentos e rádios de comunicação.

A Justiça analisa o pedido de prisão de onze investigados. 

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