( Elza Fiuza/Agência Brasil)
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as denúncias de que um pastor teria importunado sexualmente fiéis de uma igreja evangélica localizada em Venda Nova, em Belo Horizonte. Além desse crime, a corporação também apura se o líder religioso teria estuprado menores de idade.
O caso veio à tona esta semana, depois que duas adolescentes e uma mulher, todas membros da igreja, procuraram a corporação para registrar ocorrência. O pastor nega as acusações, alega que é inocente e diz que está sendo vítima de perseguição, conforme informou o advogado dele ao Hoje em Dia.
A Polícia Civil informou que, por se tratar de acusações de crimes sexuais envolvendo menores, não irá passar detalhes das investigações, que correm em sigilo. A corporação se limitou a informar que todas as fiéis prestaram depoimento na presença de psicólogas e que "apura importunação sexual podendo resultar em estupro".
Afastado
Enquanto o caso segue sob investigação, a igreja determinou o afastamento do pastor, que há 23 anos integrava a equipe da congregação e era responsável por diversos templos na capital mineira.
"Até hoje ele teve uma postura ilibada e não havia nenhuma denúncia contra ele. Mas, por precaução, a igreja optou pelo afastamento do pastor do ministério até que o caso seja concluído", informou o advogado da igreja, Osvaldo Fernandes.
Segundo o defensor, nenhuma das acusações indica que os possíveis crimes tenham sido cometidos dentro da igreja. "As denúncias são de que os casos de importunação aconteceram fora da igreja, enquanto o pastor não exercia o ministério sacerdotal. A igreja não tem relação com as denúncias e espera que o caso seja esclarecido", declarou Fernandes.
O advogado frisou, ainda, que o pastor nega todas as acusações.
Defesa
Os advogados Hudson Cambraia e Raphael Maia, que representam o religioso, também reafirmaram que o pastor alega que as acusações são falsas. "Ele é detentor de uma história de retidão e dedicação à igreja e à sua família e, exatamente por sua trajetória, é vítima de ataques infundados, com o objetivo de manchar a sua imagem e impedi-lo de prosseguir o seu trabalho junto à igreja", comentaram os defensores, em nota.
Os advogados dizem que possuem todos os elementos para demonstrar a inocência do cliente e que acreditam no trabalho da polícia e da Justiça.
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