Um suposto de depoimento de dois homens que seriam suspeitos de executar o primo do Goleiro Bruno Fernandes, Sérgio Rosa Sales, no último dia 22 de agosto, movimentou a Corregedoria da Polícia Civil na noite desta segunda-feira (3). Por volta das 22h50 desta segunda-feira, um homem forte e negro saiu do prédio da corregedoria escoltado e tentando esconder o rosto. Tanto ele quanto as pessoas que o acompanhavam saíram sem falar com a imprensa. Existe a suspeita de que ele seria um dos responsáveis pela morte de Sérgio, mas os corregedores continuam sem passar informação sobre o caso para não atrapalhar as investigações. Informações apontam que teria mais um homem dentro da sede da corregedoria prestando depoimento e que um deles seria policial civil. No entanto, a assessoria Polícia Civil, até as 23h20 desta segunda-feira , não confirmou que os dois teriam envolvimento com o caso de Sérgio ou que pertenceriam à corporação. A namorada de Sérgio iria prestar depoimento na corregedoria na tarde desta segunda-feira, mas os esclarecimentos foram remarcados para esta terça-feira (4) às 16 horas. A advogada da família, Adriana Eymar, segue sem falar sobre o caso à pedido dos chefes da investigação. Na última sexta-feira (31), duas irmãs de Sérgio Sales compareceram a Corregodoria, onde foram ouvidas pela polícia, que investiga o assassinato do jovem, ocorrido no dia 22 de agosto. Elas não falaram com a imprensa sobre o teor do depoimento. No dia anterior, parte da família de Sérgio já havia prestado depoimento. O Crime Sérgio Rosa Sales foi assassinado no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia, região Norte de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Civil, ele era peça fundamental no caso que investiga o desaparecimento da ex-modelo Eliza Samudio. Em depoimento à polícia, o primo de Bruno revelou que a ex-amante do atleta teria sido morta. Depois Sérgio mudou de versão e disse que foi pressionado para falar sobre o crime. Ele havia deixado a penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, no dia 11 de agosto de 2011. Sérgio respondia pelos crimes de homicídio triplicamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Ele ficou 400 dias preso e, na época da saída, disse que se sentia "feliz e aliviado". O jovem foi morto perto de casa, na rua Aracitaba, esquina com rua Maria Madalena, quando saía para o trabalho. Há suspeita de que o homicídio tenha sido uma queima de arquivo, já que Sérgio era um dos envolvidos no caso do desaparecimento da modelo Eliza Samúdio. Relembre o caso O ex-goleiro Bruno, que seria amante de Eliza Samudio, é acusado de encomendar a morte da modelo. O atleta, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, responde aos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Sérgio Rosa Sales respondia pelos mesmos crimes que Bola. Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado. O julgamento que definirá o futuro dos acusados não tem previsão de ocorrer. Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.