Equipes da Polícia Civil cumprem quatro mandados, três de busca e apreensão e um de prisão, nesta quarta-feira (15), contra suspeitos de agredirem jornalistas durante em acampamento instalado em frente ao Comando da 4ª Região Militar, na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, durante protesto contra a eleição de Luiz Inácio lula da Silva à Presidência da República.

Os manifestantes agrediram um fotógrafo do que trabalhava na cobertura da mobilização antidemocrática na região. O ataque ocorreu em 5 de janeiro. O profissional também teve a câmera fotográfica roubada pelos suspeitos. Um dia depois, durante ação da Prefeitura de BH para desmobilizar o acampamento, pelo menos sete profissionais da imprensa de outros veículos também foram agredidos.

Um dos alvos da operação desta quarta-feira (15) é o empresário Esdras Jônatas dos Santos, apontado como um dos articuladores do acampamento. A Polícia Civil foi até o endereço indicado, no bairro Santa Amelia, na região da Pampulha. Na hora da operação, ele não se encontrava na residência e ainda não foi localizado, sendo considerado foragido da Justiça. Um casal estava no imóvel no momento da abordagem policial.

As investigações apontaram que Esdras seria o homem que, do alto de um carro de som, incentivou integrantes do acampamento a agredir o fotógrafo do Hoje em Dia. O profissional foi cercado e atingido com socos e pauladas, além de arrastado pelo chão ao tentar se esconder sob um veículo. Esdras é acusado de incitação a lesão corporal, dano e roubo.

Os outros mandados de busca e apreensão foram autorizados na tentativa de localizar a câmera fotográfica do funcionário do Hoje em Dia.

À frente da equipe da 2ª delegacia da regional Sul, que cumpre os mandados, está a delegada Cinara da Rocha Santos e Lima. Também participam da ação o inspetor Paulo Claudino Avelar Junior e os investigadores Rafael Cyrino Mansur e Tomaz Prates Sternick, além de outros agentes.