O ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, acusado de envolvimento no desaparecimento e suposta morte da modelo Eliza Samudio, prestou depoimento de aproximadamente 2h30, nesta terça-feira (6), sobre um outro homicídio. O ex-atleta foi acusado por um detento de ter envolvimento no homicídio de Graziele Beatriz Leal de Souza. A mulher foi apontada como babá do filho de Bruno. Ela foi assassinada em janeiro de 2011, no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves. Durante o interrogatório, que ocorreu na Delegacia de Homicídio de Ribeirão das Neves, na região Metropolitana de Belo Horizonte, a polícia descartou a participação de Bruno no crime. O delegado Márcio Rocha, responsável pelas investigações, informou que o ex-atleta disse que não conheceu a mulher e que ela nunca trabalhou como babá de nenhum de seus filhos. “Falta confirmar alguns pontos, mas a princípio não há participação dele no homicídio”, contou o delegado.   Algemado e usando roupa do sistema prisional, o ex-goleiro chegou ao local por volta das 10h15. Após ser interrogado pelo delegado, Bruno voltou para a Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.   Márcio Rocha informou que Dayanne dos Santos, ex-mulher do goleiro, deve prestar depoimento nos próximos dias sobre o homicídio. “Se houver necessidade faremos acareação entre Bruno e Dayanne, mas a princípio a participação deles no crime foi descartado”.   O crime   A babá Graziele Beatriz Leal de Souza foi assassinada em janeiro de 2011, na porta de sua casa, no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves. Um dos três suspeitos que foi preso por participação no homicídio informou para a polícia que o crime teria sido encomendado por Bruno e que a mulher seria babá de um dos filhos do ex-atleta.   Além dessa linha de investigação, a polícia trabalhava também com a hipótese de que a mulher foi assassinada por engano. O alvo na verdade seria sua irmã, Geila Leal, que tinha envolvimento com o tráfico de drogas.    Em outubro deste ano, a polícia prendeu três suspeitos de participação na morte da babá.  O cadeirante Cláudio Marcos Maciel é apontado como o mandante do crime. Daniel Lourenço Maciel da Silva e Wellington Reginaldo de Jesus foram os responsáveis pela execução. Outro envolvido continua sendo procurado.

Julgamento   No próximo dia 19, começará o julgamento de Bruno e de mais seis réus pela morte de Eliza Samudio. Outras duas pessoas serão julgadas posteriormente. Bruno é apontado como mandante do crime, já que Eliza cobrava pensão e uma quantia em dinheiro por causa do bebê que teve com o goleiro.

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