Ao menos 400 Vítimas

Polícia faz operação contra esquema de pirâmide em BH que gerou prejuízo de mais de R$ 40 milhões

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
23/03/2023 às 17:57.
Atualizado em 23/03/2023 às 18:46

PC cumpriu nove mandados de busca e apreensão em operação contra esquema de pirâmide (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

A Polícia Civil realizou uma operação em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (23), contra um suposto esquema de pirâmide que teria causado prejuízo de mais de R$ 40 milhões a, pelo menos, 400 pessoas. A ação cumpriu 10 mandados, sendo nove de busca e apreensão e um de prisão preventiva.

De acordo com a PC, as investigações se iniciaram no fim de 2022, após as vítimas denunciarem um suposto coach de investimento que parou de responder mensagens e teria sumido com o dinheiro dos investimentos.

Nesta quinta, os agentes cumpriram o mandado de prisão preventiva contra o suspeito, de 29 anos, que seria responsável pelo esquema. Porém, ele não foi localizado. A Polícia acredita que ele tenha fugido do país e se refugiado em Portugal.

O procurado é um policial militar exonerado e, de acordo com a PC, usaria de seu status para chegar até as vítimas, a maioria funcionários públicos da área de segurança ou participantes de uma célula da igreja evangélica que o suspeito frequentava. Os prejuízos individuais variam de R$ 200 mil a R$ 2 milhões.

Para ajudar na localização do suspeito, a Polícia Civil vai acionar a Polícia Federal e a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para que seja cumprido o mandado de prisão preventiva. Caso seja preso, responderá pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A pena conjunta supera 17 anos.

Delegado Eric Brandão (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Vida de luxo
Os responsáveis pelo esquema de pirâmide levavam uma vida de luxo e alto padrão, como forma de passar credibilidade para as vítimas, revelou o delegado Eric Brandão, da PC, em coletiva de imprensa nesta quinta. Os suspeitos tinham escritório em condomínio de luxo no Castelo, região da Pampulha, onde levavam as vítimas e as convenciam a investir, com promessa de altos lucros.

Nesta quinta, a Justiça deferiu o pedido de bloqueio de bens e valores dos suspeitos. Entre os pertences já localizados estão carros que, juntos, são avaliados em cerca de R$ 7 milhões, segundo a Polícia.

As investigações continuam para localização de outros suspeitos que tenham participado do esquema.

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