Polícia identifica três torcedores do Palmeiras envolvidos na emboscada ao ônibus da Máfia Azul
O corpo do cruzeirense José Victor, que morreu no confronto, é velado nesta terça em Sete Lagoas, na Grande BH
A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) segue à procura de membros da Mancha Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, que participaram de uma emboscada contra o ônibus da Máfia Azul, na madrugada do último domingo (27), na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP). O confronto terminou com uma morte e 17 feridos.
Pelo menos três torcedores do Palmeiras envolvidos na emboscada já foram identificados. Agora, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) poderá pedir a prisão dos envolvidos, que deverão responder por homicídio, tentativa de assassinato e associação criminosa. O Hoje em Dia entrou em contato com o MPSP e aguada retorno.
As autoridades estão conduzindo duas investigações paralelas. Enquanto a PCSP, via Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, trabalha no homicídio, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga a possível infiltração de facções criminosas, como o PCC, nas torcidas organizadas.
Torcedor é morto
Membro da torcida organizada Máfia Azul de Sete Lagoas, José Victor, morreu no confronto. O corpo dele é velado nesta terça. Ele era conhecido por compartilhar nas redes sociais a paixão pelo Cruzeiro.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a confusão começou quando os torcedores palmeirenses, que voltavam de um empate contra o Fortaleza, se cruzaram com os cruzeirenses, que retornavam de Curitiba após uma derrota para o Atlético Paranaense.
A briga, marcada pelo uso de pedaços de madeira e fogo, resultou em danos a dois ônibus da torcida cruzeirense, um dos quais foi incendiado.
Tanto o Cruzeiro quanto o Palmeiras se manifestaram oficialmente lamentando o episódio. "Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos", declarou o clube mineiro. "Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor", exigiu a equipe paulista.
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