Tribunal do Crime

Polícia indicia seis por envolvimento na morte de adolescente decapitada no Barreiro

Grupo irá responder por homicídio qualificado

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 07/02/2025 às 12:38.Atualizado em 07/02/2025 às 13:37.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi "julgada pelo tribunal do crime" (Fernando Michel/Hoje em Dia)
De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi "julgada pelo tribunal do crime" (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Seis homens, com idades entre 19 e 32 anos, suspeitos de integrar uma organização criminosa ligada ao tráfico de degoas, foram indiciados pela Polícia Civil (PC) pela morte de uma adolescente de 17 anos, ocorrida na região do Barreiro, em Belo Horizonte, em 18 de janeiro do ano passado.  Eles irão responder por homicídio qualificado.

Conforme informou a PC nesta sexta-feira (7), em decorrência dessa investigação, policiais civis do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) desencadearam operação, nessa quinta-feira (6), resultando na prisão de dois dos indiciados, de 19 e 27 anos.

Durante a ação, um homem foi encaminhado para a delegacia, visto que contra ele constava ordem judicial por envolvimento em outro crime.

Outros dois homens, apontados como mandantes da morte da adolescente, já estavam presos pelo homicídio e dois permanecem foragidos. As investigações apontaram ainda o envolvimento de dois adolescentes no caso.

O homicídio da jovem ocorreu em 18 de janeiro do ano passado, no Alto das Antenas, Vila Cemig.

Segundo o delegdo Matheus Marques, da 2ª Delegacia Especializada de Homicídios Barreiro, a adolescente teria sido vítima de julgamento pelo “Tribunal do Crime”, que consiste em uma forma de justiça paralela coordenada por facções criminosas.

"O crime teve como motivação um desentendimento entre a vítima e a organização envolvida com o comércio de entorpecentes e armas de fogo na região da Vila Cemig. A vítima integrava a organização criminosa, contudo, deixou de repassar os valores auferidos ao gerente do grupo criminoso. Ainda, fez uma falsa denúncia de estupro para desviar a atenção sobre o ‘derrame’ de drogas, causando o linchamento e quase morte do suposto agressor”, detalhou.

Ainda segundo o delegado, após descobrirem que se tratava de uma falsa denúncia, a cúpula da organização criminosa decidiu torturar, decapitar e enterrar a vítima, missão atribuída e executada por membros do grupo criminoso.

"Com apoio do Corpo de Bombeiros Militar, a PCMG localizou o corpo da jovem em uma cova rasa, em local de difícil acesso, cerca de uma semana após o crime. Ela tinha muitas lesões, de acordo com o laudo de necropsia, nos membros inferiores e superiores, além de uma tentativa de decapitação”, informou Matheus.

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