A Polícia Civil investiga as semelhanças entre assaltos a residências da Região Sul de Belo Horizonte. Não está descartada a possibilidade de criminosos de um mesmo grupo estarem por trás da onda de ações registradas no Belvedere, Mangabeiras, São Pedro e outros bairros. A tática do bando é vigiar os imóveis e depois atacá-los.

A Polícia Militar reforçou o patrulhamento ostensivo na região e tenta identificar os criminosos envolvidos nesses ataques. Na segunda-feira, quatro moradores foram mantidos reféns em uma casa da rua Professor Carlos Pereira da Silva, no Belvedere.

Eles foram ameaçados de morte pelos assaltantes. Até a noite de terça-feira (24), não havia pistas dos criminosos. São muitas as semelhanças apontadas pela polícia nos últimos assaltos. Em todos os casos, os bandidos conseguiram entrar nas residências aproveitando do descuidos dos moradores.

Os criminosos demonstram interesse pelos valores que as vítimas supostamente guardam dentro de cofres. Em dois assaltos registrados nos últimos dez dias, os assaltantes fugiram levando joias, dinheiro, telefones celulares e computadores, depois de serem convencidos da inexistência de cofres nos imóveis.

No assalto de segunda-feira (23), no Belvedere, uma mulher, que foi mantida refém com três familiares, disse à polícia que chegou a ver pessoas estranhas passando pela rua, em um carro escuro. “Era como se os homens estivessem rondando e vigiando as casas. Depois, quando eles invadiram nossa residência, armados, disseram que queriam tudo que tivesse no cofre. Fomos obrigados a mostrar que não havia cofre nenhum”.

O depoimento da vítima é semelhante à descrição feita pelo engenheiro R., de 62 anos, que teve a casa invadida na rua Comendador Viana, no Mangabeiras, em 17 de julho. Segundo ele, dos quatro homens que participaram do assalto, o que parecia ser o líder “fazia ameaças caso o cofre da casa estivesse vazio”.

Outro detalhe investigado é o meio usado pelos bandidos para entrar nas casas. Na rua Comendador Viana, os assaltantes invadiram a residência quando o engenheiro chegava de uma caminhada e abria o portão da frente.

Ele foi jogado no chão pelos quatro bandidos, que acabaram sendo surpreendidos por militares do 22º Batalhão. Três foram presos.

No assalto desta semana, na rua Professor Carlos Pereira da Silva, a casa foi invadida pelos bandidos quando um funcionário da residência abriu o portão.

Leia mais na edição digital do Hoje em Dia.

Compartilhar