Polícia ouve testemunhas para esclarecer morte de jovem que desapareceu após calourada em Viçosa

Hoje em Dia*
Publicado em 10/03/2015 às 13:07.Atualizado em 18/11/2021 às 06:17.
 (Facebook/Reprodução)
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A Polícia Civil informou que as diligências para tentar esclarecer a morte de Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, já foram iniciadas. O corpo do jovem foi encontrado na segunda-feira (9), em estado de decomposição, em uma vala, numa área conhecida como Fundão, dentro do campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Natural de Poços de Caldas, o adolescente estava em Viçosa, na Zona da Mata mineira, para participar de uma festa promovida pela república  Qkické.
 
O caso está sendo investigado pelo delegado Bruno Cerqueira Mazzini, que até o início da tarde desta terça-feira (10) já ouviu seis testemunhas. Outras, dentre integrantes da república e seguranças da festa, deve prestar depoimento nas próximas horas e ao longo da semana.
 
O delegado não quis passar detalhes sobre o caso para não atrapalhar as investigações. Ele se limitou a dizer que, por causa do estado de putrefação do cadáver, não foi possível identificar o tipo de lesão sofrida por Gabriel. Apenas o laudo da necropsia poderá apontar a causa da morte. O exame deve ficar pronto em 30 dias.
 
O corpo do adolescente foi enterrado nesta manhã no Cemitério Raul Soares. Emocionados, familiares do jovem contaram que ele era tranquilo e não tinha inimigos nem vícios.
 
O caso
 
Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, foi visto pela última vez, na madrugada de sábado (7), andando sozinho pela rodovia que liga as cidades de São José Triunfo e Viçosa. Uma suposta namorada do adolescente, estudante da Universidade Federal de Viçosa (UFV), teria recebido uma mensagem de voz do jovem por volta das 6 horas. Na mensagem, Gabriel diz “dá para a gente ir de carro” e outro homem responde “boto fé”. 
 
Desde então ninguém teve notícias do adolescente. O corpo só foi localizado na tarde de terça-feira (10), em uma vala, em uma região conhecida como Fundão, dentro do campus da Universidade Federal de Viçosa. O cadáver está nú e em estado de decomposição. 
 
O Conselho Tutelar esteve na casa da suposta namorada da vítima. Para o órgão, ela teria dito que Gabriel fez uso de bebidas alcoólicas e de drogas. Ela disse ainda que saiu da festa na companhia de amigas e que perdeu totalmente o contato com Gabriel posteriormente. 
 
Segundo um dos membros da república Qkické, Lucas Marilton, somente maiores de 18 anos tiveram permissão para participar da festa. “Provavelmente, ele usou documento falso para entrar, porque tínhamos seguranças na portaria do sítio, além de duas viaturas da PM monitorando a festa”, afirmou. 
 
Em conversa com a PM, a suposta namorada de Gabriel, confirmou que ele usou uma identidade falsificada em nome de outro rapaz. Segundo os militares, em contato com esse homem, ele relatou que perdeu a identidade e não sabia que a mesma estava com o adolescente.
 
Em nota, a UFV, disse que, embora as calouradas sejam organizadas por estudantes da universidade, a instituição não se responsabiliza pela realização delas. "Qualquer fato ocorrido durante esses eventos, que não acontecem no campus universitário, é de responsabilidade de seus organizadores", diz a nota.
 
*Com informações de Thais Oliveira
 
Atualizada às 14h13.
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