A Polícia Civil apresentou nesta quinta-feira (27) um homem apontado como suposto integrante de um trio que praticou assaltos contra ônibus especiais que ligam o Terminal Rodoviário da capital ao Aeroporto Internacional de Confins.
Esses crimes vêm acontecendo desde o final do ano passado e a polícia confirmou a ocorrência de quatro assaltos, ao contrário de informações não oficiais de que os criminosos teriam praticado seis assaltos contra ônibus da empresa Unir de transportes de passageiros.
Quatro inquéritos estão em andamento na 2ª Delegacia da Polícia Civil de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ocorreram os quatro assaltos confirmados.
A delegada Nicole Perim Martins, que está presidindo os inquéritos, disse que os quatro ataques não foram praticados por um mesmo grupo de pessoas. Segundo ela, as investigações comprovaram que Marcos Vinícius de Oliveira, preso na semana passada, cometeu dois dos crimes.
Marcos Vinícius de Oliveira foi reconhecidocomo um dos assaltantes de ônibus que vão para Confins (Foto: André Brant/Hoje em Dia)
Os dois restantes foram praticados por três pessoas já identificadas e que podem ser presas a qualquer momento. A polícia já possui informações suficientes sobre os três suspeitos que estão sendo procurados na Região Norte da capital e em Vespasiano.
A polícia tem contado com a ajuda de depoimentos de passageiros e testemunhas para a identificação dos criminosos. Essas vítimas perderam celulares, cartões bancários, objetos pessoais e jóias, quando viajavam os ônibus em que estavam foram assaltados.
De acordo com os levantamentos feitos pela polícia, tanto o assaltante preso, que praticava assaltos durante o dia, quanto os que estão sendo procurados, e que atuavam durante a noite, entravam nos ônibus lotados no ponto de embarque localizado no passeio do Hospital de Pronto-Socorro de Venda Nova, na Zona Norte. Eles se misturavam com os passageiros que aguardavam o transporte nos veículos da Unir.
"Na maioria dos casos, os assaltantes já entravam no ônibus gritando, mostrando armas de fogo, para assaltar. Ele agiam rapidamente, exigindo tudo o que os passageiros tinham, e desciam cerca de 300 metros à frente, no Bairro Jaqueline, para desaparecer em pouco tempo".
"Eu vi quando eles entraram no ônibus em que eu estava trabalhando", contou uma funcionária da Unir que não quis se identificar e que estava entre as vítimas do assalto acontecido na tarde da última terça-feira (25). "O criminoso estava armado e gritava com os passageiros, exigindo que eles entregassem tudo o que tinham depressa e mandava o motorista continuar dirigindo ônibus pela via lateral, até chegar ao lugar onde ele ia descer".