Mandados de prisão contra os envolvidos nos ataques a coletivos no Aglomerado da Serra, região Sul da capital, começarão a ser emitidos nos próximos dias. Ao todo, três veículos foram queimados, em menos de 12 horas, depois que um morador foi assassinado por um PM na segunda-feira (26).  Além dos responsáveis por incendiar os ônibus, outros criminosos também estão na mira da polícia: pelo menos 44 pessoas são procuradas. As forças de segurança se articulam para cumprir os mandados.   Nesta quinta-feira (29), no terceiro dia após a execução do pedreiro Helenílson Estáquio da Silva Souza, moradores tentavam retomar a rotina. Os ônibus de 13 linhas voltaram a circular. A coleta de lixo, a varrição das ruas e o fornecimento de energia também foram normalizados.   PM no local   No entanto, constantes incursões de viaturas do Batalhão de Choque e do Gepar, além de grupos de policiais a pé, com armas nas mãos, acabaram por criar um clima de apreensão.   Nos pontos finais dos ônibus 4107 e 9204, havia várias viaturas de militares. Da mesma forma, os ônibus que circulavam na Praça Cardoso e os da Viação 107, que têm itinerário pela rua Água, estavam circulando com apoio do Gepar.    Na Praça Cardoso, havia um ônibus do Batalhão de Choque com vários militares, sendo que alguns estavam em um playground, nas proximidades da quadra de futebol. “Se tiver algum incidente, podemos chegar ao local rapidamente”, disse um militar, que preferiu o anonimato.   Por conta da presença constante dos policiais, integrantes do tráfico também estavam nervosos, pois “os negócios não estavam indo tão bem como gostariam”, segundo confidenciou um “olheiro”. “Essa polícia atrapalha demais”.   *Com Carlos Calaes

Compartilhar