BR-381

Polícia volta atrás e diz que motorista de ônibus que caiu na Ponte Torta não foi indiciado

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
10/05/2023 às 10:30.
Atualizado em 11/05/2023 às 12:36

(Enviada pelo WhatsApp)

ATUALIZAÇÃO - essa reportagem foi atualizada após a Polícia Civil corrigir uma informação errada passada pelo própria instituição.

A Polícia Civil concluiu que uma falha mecânica causou a queda de um ônibus da Ponte Torta, em João Monlevade, na região Central de Minas, que matou 19 pessoas e deixou outras 27 feridas. Com o resultado, o motorista não será indiciado. Inicialmente, a PC havia informado que o condutor seria indiciado por homicídio culposo – quando não há a intenção de matar, mas voltou atrás horas depois. 

Por nota, a corporação informou que o inquérito policial foi concluído e não teve culpa penalmente relevante, tendo em vista que o fato decorreu na falta de freio dos ônibus. Diante disso, o motorista não foi indiciado, pelo ocorrido.

O acidente

O ônibus de viagem saiu de Mata Grande, no interior de Alagoas, na manhã do dia 3 de dezembro de 2020, com destino a São Paulo, mas acabou caindo da ponte no dia seguinte – de uma altura aproximada de 35 metros – deixando 19 pessoas mortas e outras 27 feridas.

Segundo testemunhas, o veículo perdeu o freio enquanto passava por cima da ponte, voltou de ré na pista que é íngreme e bateu na mureta de proteção, momento em que veio a cair. Das 19 vítimas, 14 foram sepultadas em Alagoas, uma na Bahia e quatro em São Paulo.

O motorista sobreviveu ao pular do veículo instantes antes dele despencar. O condutor fugiu do local e só se apresentou à polícia três dias depois do acidente. Ele alegou que ficou com medo de ser linchado e disse que os freios falharam.

Na época, no entanto, representantes da empresa alegaram que somente o motorista poderia esclarecer o que ocorreu, mas que acreditavam que ele poderia ter sido imprudente ao volante.

A companhia, que mudou de nome após o acidente ocorrido no dia 4 de dezembro de 2020, não estava registrada junto à ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e alegou, à época, que o ônibus havia sido cedido para uma outra empresa.

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