Poluição começa a poucos metros das nascentes na Lagoa da Pampulha

Carlos Calaes - Do Hoje em Dia
17/02/2013 às 08:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:03
 (Amadeu Barbosa)

(Amadeu Barbosa)

A Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, transformou-se numa latrina a céu aberto. Degradado, o espelho d’água emoldura o Mineirão, que, daqui a 120 dias, receberá o primeiro jogo da Copa da Confederações na capital (Taiti e Nigéria). Com um prazo tão curto, as autoridades não terão tempo para mudar o panorama de um dos principais cartões-postais da cidade.

O Hoje em Dia percorreu os cursos d’água dos ribeirões Sarandi e Ressaca, dois dos principais alimentadores da lagoa. As nascentes brotam cristalinas, mas, poucos metros adiante, viram esgoto a céu aberto, recebendo dejetos domésticos de residências e todo tipo de lixo urbano.

Ao longo da calha dos ribeirões, a água vai se degradando cada vez mais, contaminada por resíduos industriais com metais pesados, restos de óleo diesel, gasolina e pó de asfalto. Esse caldo escuro e malcheiroso, misturado a garrafas pet e até animais mortos, é descarregado na lagoa.

No local, a Copasa mantém uma Estação de Tratamento de água Fluvial, de onde retira uma média de seis toneladas de lixo por dia. Em dias chuvosos, esse volume pode atingir até dez toneladas, segundo o superintendente de Tratamento dos Efluentes da empresa, Eugênio Silva.

Ele calcula investimentos de R$ 180 milhões em despoluição e construção de interceptadores de esgoto. Otimista, ele afirma que, no fim de 2013 (depois da Copa das Confederações), a lagoa estará limpa.

Para o coordenador em exercício do Projeto Manuelzão, Thomaz Matta Machado, enquanto não houver investimento maciço em saneamento e na construção de mais redes e interceptores de esgoto, a lagoa continuará poluída. “O que falta é a tal da vontade política”. l

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