Diante do aumento da população de rua em Belo Horizonte - o número triplicou na última década -, novas medidas voltadas para moradias e assistência social foram anunciadas nesta segunda-feira (20). Até abril, a cidade vai criar três residências inclusivas, além de ampliar os atendimentos das equipes de saúde aos sem-teto.  

O anúncio feito pela prefeitura leva em conta as informações do Censo Pop Rua, realizado em parceria com a Universidade Federal Minas Gerais (UFMG). A administração municipal espera investir R$ 15 milhões até o fim de 2024, beneficiando cerca de 1,2 mil famílias que fazem parte do Bolsa Moradia e Locação Social.

Segundo a PBH, as residências inclusivas serão uma espécie de moradia provisória para as pessoas com alguma deficiência. Cada unidade terá 10 vagas que serão ocupadas por meio de encaminhamentos. 

A prefeitura também vai alterar o Programa Locação Social, em vigor desde 2021, ampliando as alternativas de habitação, com a possibilidade de oferecer imóveis já mobiliados com geladeira, fogão, cama, chuveiro elétrico, mesas e cadeiras.

Com a alteração, entidades privadas e ONG’s também vão poder operar imóveis particulares disponíveis ou já oferecidos e destiná-los para aos moradores de rua. Atualmente, o Programa Social permite que a família, indicada pela Secretaria de Assistência Social, receba subsídio de R$ 500 para acesso a moradia. 

No campo da saúde, a PBH vai aumentar o número de pessoas na equipe do projeto Consultório na Rua. Cada uma das equipes conta com psicólogo, enfermeiro, educador,  redutor de danos, assistentes sociais e médicos. O objetivo é oferecer o cuidado em saúde e acompanhar pessoas com doenças graves e gestantes. 

Censo Pop Rua

Mais de 300 pesquisadores participaram do levantamento, realizado nas nove regionais de BH. Entre os mais de 5.300 moradores em situação de rua, 2.507 responderam às perguntas do questionário. O número total de moradores é próximo dos dados obtidos pela PBH pelo CadUnico.

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