Determinação da Justiça

Prazo para metroviários adotarem escala mínima termina nesta quinta; multa ainda não foi cobrada

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
21/12/2022 às 14:44.
Atualizado em 21/12/2022 às 15:37

(Hoje em Dia / Maurício Vieira)

A greve dos metroviários de Belo Horizonte está prevista para continuar, no mínimo, até esta quinta-feira (22), quando deve acontecer o leilão do Metrô de BH. O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG) tem até amanhã para adotar a escala mínima, determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho, sob pena de multa.

A Companhia de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG) obteve, na última quarta-feira (14), uma liminar que estipula a escala mínima para o funcionamento do metrô de BH durante o período de paralisação. A liminar também indica o funcionamento de 100% do serviço de segurança metroviário em período integral, para preservar a segurança e o patrimônio.

Desde então, os metroviários ignoram a medida e continuam a greve com todos os trens parados. O descumprimento prevê ao SindemetroMG o pagamento de multa diária de R$ 100 mil.

Essa multa, no entanto, ainda não foi cobrada. Existe a expectativa, por parte do sindicato, de que a CBTU peça pela aplicação em valor integral. Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho da 3º região informou que o valor ainda não está sendo cobrado porque a greve ainda não foi analisada pelo tribunal e está em fase de instrução. O valor da multa pode ser aumentado ou reduzido após o julgamento final.

Greve

A paralisação faz parte de mais uma greve iniciada pelos metroviários da capital contra a privatização do transporte. A categoria tenta agora barrar o leilão marcado para 22 de dezembro, na B3, em São Paulo. 

Segundo o Sindimetro, após a desestatização haverá uma demissão de quase 1,6 mil funcionários da CBTU que atuam em Minas. Além disso, os metroviários alegam que após a concessão haverá aumento de tarifa.

Na tarde desta terça-feira (20), os sindicalistas se reuniram em uma assembleia, na Estação Central de BH. Ficou determinado que a paralisação total continua até que o leilão seja cancelado ou não.

“As partes relacionadas à privatização não estiveram presentes, então ficou difícil de aprovar a escala mínima. Os trabalhadores vão permanecer parados, independente da multa", informou o diretor do SindmetroMG, Daniel Gloria.

"Vemos [a greve] como o único horizonte para definir nosso futuro. Se acontecer o leilão, voltamos em escala mínima. Se for cancelado, a greve termina e a atividade retorna em 100%”, explicou.

Segundo a CBTU, a paralisação afeta, diariamente, 100 mil usuários.

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