O preço médio do litro de gasolina aumentou 47,26% nos últimos cinco anos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Mercado Mineiro nesta quinta-feira (9), o valor médio por litro aumentou quase R$ 2 na capital mineira neste período - superando a inflação.
Segundo o levantamento, o preço médio da gasolina comum era R$ 4,19 em 2020. Em abril deste ano, o valor chegou a R$ 6,17 na Grande BH. O aumento do preço do etanol foi ainda mais expressivo, variando 61,08%. Em 2020, o valor médio era de R$ 2,78 e neste mês chegou a R$ 4,47.
Ainda conforme a pesquisa, o consumidor gasta quase R$ 100 a mais para encher um tanque de 50 litros em 2025, comparado a 2020.
Tanque de 50 litros em 2020:
- Gasolina: R$ 209,50
- Etanol: R$ 139,00
Tanque de 50 litros em 2025:
- Gasolina: R$ 308,50
- Etanol: R$ 223,50
Segundo o coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, o objetivo da pesquisa foi mostrar o quanto o combustível subiu acima da inflação, que segundo o levantamento foi de aproximadamente 30,51%. Ele destaca que o preço da gasolina foi impactado pela pandemia do Covid-19 e pelo aumento da cotação do Dólar.
O levantamento aponta que, em abril de 2020, o dólar comercial teve uma cotação média de aproximadamente R$ 5,23. Atualmente, em abril de 2025, o dólar está cotado em torno de R$ 5,88. Isso representa uma valorização de cerca de 12,43% do dólar em relação ao real.
O coordenador do Mercado Mineiro mostra que, mesmo após a pandemia, o preço da gasolina se manteve alto. Segundo Feliciano, o problema está na “postura da Petrobras”.
“A gasolina teve um aumento motivado pela pandemia, além da valorização do Dólar perante ao Real, mas se pegar a cotação naquela época e atualmente, você vê que está bem abaixo do valor da gasolina. A política da Petrobras é quem prejudica o consumidor, o preço (da gasolina) não reagiu ao dólar e nem teve a mesma estabilidade”, disse.
Feliciano completa destacando a importância dos motoristas ficarem atentos aos preços dos combustíveis na capital mineira. “É importante alertar o consumidor, porque muitas vezes ele não vê a inflação. De repente ele está vendo que as contas não fecham, porque está fazendo as mesmas coisas ou até menos, mas gastando mais dinheiro”.
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