Prefeitura de Belo Horizonte deve 64 obras prioritárias

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
02/09/2014 às 07:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:02
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

A edição 2015/16 do Orçamento Participativo (OP) já está em curso para escolha das obras prioritárias para os belo-horizontinos. Entretanto, a eleição, por si só, não é garantia de que o empreendimento saia do papel. Dezenas de obras votadas pela população em 2005 ainda não foram executadas, problema que se repetiu nos anos seguintes. Das 147 autorizações de licitações de projeto e de obras assinadas pelo prefeito na semana passada, 64 são referentes a edições do programa anteriores a 2012.   Para colocar todos os projetos prometidos em dia, a prefeitura vai ter de desembolsar algo em torno de R$ 40 milhões. Sem contar gastos com desapropriações, reassentamentos, indenizações e unidades habitacionais previstas dentro de alguns empreendimentos. Entre as obras não realizadas, estão demandas antigas da população como a construção da UPA Noroeste, no bairro São Salvador, aprovada no OP 2009/2010 e melhorias em vias, praças e parques.   No bairro Buritis, região Oeste da cidade, reformas no Parque Ageu Pio Sobrinho são esperadas desde 2011. Estão previstas a construção de uma pista de skate e brinquedos modulares em concreto, a delimitação de área gramada para práticas esportivas e a implantação de equipamentos de ginástica.    “O parque é muito utilizado, mas precisa de melhorias para o público. Estamos esperando isso há alguns anos e nada. Isso faz com que o programa seja visto com grande descrédito pelo povo”, afirmou o diretor de comunicação da Associação de Moradores do Bairro Buritis (ABB) Paulo Gomide.     Licitação   Orçada em R$ 225 mil, a obra obteve autorização para licitação apenas na semana passada. Não há previsão de quando as intervenções serão concluídas. “A comunidade fica sempre na expectativa, e a obra acaba não sendo realizada. Se você alega que tem recurso para isso, por que não executa? Ninguém nunca nos responde isso também”, observou Gomide.   Na região da Pampulha, moradores do entorno da Praça Engenheiro Jorge Mansur, no bairro Ouro Preto, passam pela mesma situação. Desde 2011 são esperadas reformas para o local com investimento previsto de R$ 241 mil. A licitação da obra ainda não foi realizada.     Nova edição vai investir R$ 150 mi em nove regionais   Mesmo com todas as pendências das etapas anteriores, a nova edição do Orçamento Participativo prevê investimento de R$ 150 milhões para as nove regionais. Assim como nas outras vezes, não são previstos prazos de execução das obras, o que torna a efetivação das medidas burocrática e morosa.   O cronograma das rodadas de votações nas regionais tem início a partir de quinta-feira. Os primeiros a definir obras consideradas prioritárias serão os moradores da Pampulha. A população residente na região Leste fecha as votações do OP no próximo dia 23.   A assessoria de imprensa da Secretaria de Gestão Compartilhada da Prefeitura de Belo Horizonte não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição. Apesar de ter se comprometido a explicar o motivo pelo qual dezenas de obras antigas do Orçamento Participativo ainda não saíram do papel, a assessoria não deu retorno aos questionamentos.

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