Aedes

Prefeitura de BH decreta fim da epidemia de dengue nesta quinta

Executivo municipal apresentou um balanço das ações realizadas na capital para enfrentar as doenças causadas pelo mosquito aedes Aegypti

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
13/06/2024 às 10:27.
Atualizado em 13/06/2024 às 11:02

Prefeito Fuad Noman durante coletiva na manhã desta quinta (Valéria Marques/Hoje em Dia)

A Prefeitura de Belo Horizonte decretou, nesta quinta-feira (13), o fim da epidemia de dengue na capital. A decisão, anunciada pelo Prefeito Fuad Noman (PSD) durante coletiva para a imprensa, foi motivada pela queda nos atendimentos realizados pelas unidades de saúde do município.

Conforme o executivo municipal, em março deste ano, foi o momento em que os hospitais tiveram maior demanda, com 193.216 atendimentos realizados. Já em maio, os números caíram para 30.190, uma redução de 84%. E a tendência de queda permanece: nos 10 primeiros dias de junho foram pouco mais de 3 mil atendimentos.

"Estamos, hoje, com pouquíssimos casos. Podemos dizer que vencemos e superamos a dengue. No ano passado, começamos um esforço muito grande, mas fomos surpreendidos pelo tamanho epidêmico. Nunca tivemos um ano epidêmico de dengue tão violento. Mas nosso enfrentamento pelo SUS foi muito efetivo e eficiente e, proporcionalmente, tivemos um número menor de óbito por dengue”, disse Fuad.

O decreto foi publicado em fevereiro, quando o município registrou um expressivo aumento nos atendimentos relacionados às arboviroses, passando de 28.696 em janeiro para 118.312 no mês seguinte. As ações para ampliar o acesso da população à assistência foram iniciadas pela Secretaria Municipal de Saúde em janeiro, com o anúncio do Plano de Enfrentamento às Arboviroses, a abertura de centros de saúde aos sábados e domingos e a intensificação das ações de combate e prevenção ao mosquito.

Considerando todas as unidades de saúde, a prefeitura informou que realizou cerca de 500 mil atendimentos. Nas duas últimas epidemias, em 2016 e 2019, foram - respectivamente - 189 mil e 168 mil atendimentos. 

Ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti

No balanço apresentado pela PBH, as equipes de zoonoses intensificaram as ações de campo, realizando 1,5 milhão de vistorias em imóveis. Foram realizados, em parceria com a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), 138 mutirões de limpeza, quando foram acessados 2,3 mil imóveis e recolhidas 420 toneladas de materiais.

Além das ações rotineiras de vistoria, as equipes atenderam 8 mil denúncias e solicitações de visitas em imóveis. Foram feitas 156 ações de controle vetorial químico, com uso de inseticida UBV em mais de 90 mil imóveis. A PBH realizou 46 sobrevoos com drones abrangendo cerca de 10 mil imóveis. Foram identificados cerca de 7 mil pontos com possíveis focos do mosquito.

Veja outros números do balanço apresentado pela PBH

Para enfrentar a maior epidemia de dengue registrada em Belo Horizonte, a Prefeitura investiu cerca de R$ 37,2 milhões - sendo R$19,79 milhões apenas em contratações emergenciais. Desde fevereiro foram contratados 1.721 profissionais de diversas categorias, como médicos, enfermeiros, técnicos superiores de saúde, técnicos de enfermagem e assistente administrativos.

Vacinação contra a dengue

A Prefeitura de Belo Horizonte mantém as doses da vacina contra a dengue para a população de 10 a 14 anos disponíveis nos 152 centros de saúde e também no Serviço de Atenção à Saúde do
Viajante. O público contemplado para receber a vacina foi definido pelo Ministério da Saúde. Até o momento, cerca de 48 mil pessoas receberam a 1° dose e 5 mil foram imunizados com a segunda dose.

Casos de dengue, zika e chikungunya

Em 2024 já foram confirmados 72.624 casos de dengue em Belo Horizonte e 70 óbitos. Há 143.211 casos notificados pendentes de resultados de exames laboratoriais e avaliações epidemiológicas. Foram investigados e descartados 22.747 casos.

No que se refere à chikungunya foram confirmados 4.880 casos e cinco óbitos. Há 1.834 casos notificados pendentes de resultados. Não há registro de casos de zika na capital.

Cabe ressaltar que a Prefeitura de Belo Horizonte permanece monitorando o cenário assistencial e epidemiológico da dengue, zika e chikungunya. As ações de prevenção e combate ao mosquito também seguem sendo realizadas pelas equipes de zoonoses.

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

(Valéria Marques/Hoje em Dia)

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