Prefeitura tenta retomar projeto para ocupar área central de BH

Bruno Moreno - Hoje em Dia
15/12/2013 às 07:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:48
 (Frederico Haikal - Hoje em Dia)

(Frederico Haikal - Hoje em Dia)

O uso misto do Centro de Belo Horizonte, combinando comércio, serviços e habitação, para a revitalização efetiva da área, ainda caminha a passos lentos. Apesar de a lei municipal 9.326, de 2007, oferecer benefícios a empresários que reformarem prédios comerciais na região, transformando-os em apartamentos residenciais, poucas foram as iniciativas.   De fato, apenas um prédio já recebeu novos moradores: o Chiquito Lopes. Anteriormente de propriedade da mineradora Vale, na rua São Paulo, abriga 167 apartamentos.   A demanda por moradia na região é grande, principalmente por conta da infraestrutura instalada, mas a principal dificuldade, na opinião do empresário Teodomiro Diniz Camargos, responsável pela reestilização do Chiquito Lopes, gira em torno da documentação dos prédios. “Quando há vários proprietários, fica difícil a negociação. Temos muita dificuldade nos cartórios também”, argumenta.   Atualmente, a empresa Diniz Camargos comercializa unidades no antigo prédio da seguradora Minas Brasil, na Praça da Rodoviária. A construtora também começou a reformar o famoso “Balança, mas não cai”, na esquina da avenida Amazonas com rua dos Tupis.   Entretanto, interrompeu as obras em função da documentação do prédio. Faltam 5% para que a posse completa do edifício seja da empreiteira e isso inviabilizou a continuidade da reforma. Atualmente, o processo corre na Justiça e não há prazo para que as obras sejam retomadas.   Diniz afirma que foi o único empresário que abriu os olhos para esse mercado. “Só eu entrei em sintonia com essa lei. E estou à procura de outros prédios”, afirma.   O gerente de Projetos Urbanos Especiais, da Secretaria-Adjunta de Planejamento Urbano, Ricardo Cordeiro, reconhece que a lei não funcionou de forma plena.   “Verificamos que algumas edificações foram recuperadas, mas o plano não se efetivou de forma plena. Dessa forma, está contemplado no projeto “Nova BH” a continuação desse programa incluindo novos incentivos para a viabilização plena”, informou.   Na esquina   Morador do Centro há 25 anos, o engenheiro metalúrgico Rogério de Araújo Souza, de 57 anos, gostaria de ver mais pessoas na região.   “Seria muito bom se tivesse mais gente morando no Centro. Está tudo pronto, temos tudo o que precisamos aqui”, afirma. Mas tanto ele quanto a advogada Maria de Fátima Gea da Silva Martins, sua vizinha de frente, enfatizam a necessidade de mais segurança. “Se aumentar o número de moradores no Centro, teremos mais policiais por aqui”, almeja Maria de Fátima.

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