(Facebook/Reprodução)
Os suspeitos de envolvimento na morte de Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, foram presos pela Polícia Civil nesta quarta-feira (20). O jovem foi assassinado em março de 2015 com um tiro na nuca. Após o crime, o corpo da vítima foi abandonado no campus da Universidade Federal de Viçosa.
Conforme a polícia, integrantes da corporação cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão nesta manhã. O número de presos, contudo, não foi divulgado. O delegado responsável pelo caso, Sérgio Paranhos, explicou que as investigações continuam de forma sigilosa, para não atrapalhar as apurações e para determinar a conduta de cada envolvido no assassinato.
Porém, a polícia adiantou que no carro de um dos suspeitos foi encontrado vestígios de sangue. Ainda segundo a corporação, a vítima provavelmente foi morta em outro local e transportada para onde foi encontrada.
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Relembre o caso
Gabriel Oliveira Maciel, de 17 anos, saiu de casa, em Ponte Nova, na Zona da Mata, para ir a um sítio, em São José do Triunfo, distrito de Viçosa, em 6 de março, onde participaria de uma calourada promovida pela república Qkické. Ele foi visto pela última vez, na madrugada de 7 de março, andando sozinho pela rodovia que liga o distrito de São José Triunfo e Viçosa.
Uma suposta namorada do adolescente, de 19 anos, estudante da Universidade Federal de Viçosa (UFV), teria recebido uma mensagem de voz do jovem por volta das 6 horas de sábado. Na mensagem, Gabriel diz “dá para a gente ir de carro” e outro homem responde “boto fé”.
Desde então, ninguém teve notícias do adolescente. O corpo só foi localizado na tarde de 9 de março, em uma vala, em uma região conhecida como Fundão, em uma área da UFV. O cadáver estava nu e em estado de decomposição.
Conforme o boletim de ocorrência, o Conselho Tutelar esteve na casa da suposta namorada da vítima. Para o órgão, ela teria dito que Gabriel fez uso de bebidas alcoólicas e de drogas. Ela disse ainda que saiu da festa na companhia de amigas e que perdeu totalmente o contato com Gabriel posteriormente. Entretanto, no dia 10 de março, em depoimento prestado à Polícia Civil, a garota mudou a versão e disse que Gabriel não usou drogas e ingeriu pouca bebida alcoólica.
Segundo um dos membros da república Qkické, somente maiores de 18 anos tiveram permissão para participar da festa. “Provavelmente, ele usou documento falso para entrar, porque tínhamos seguranças na portaria do sítio, além de duas viaturas da PM monitorando a festa”, afirmou.
Em conversa com a PM, a suposta namorada de Gabriel, confirmou que ele usou uma identidade falsificada em nome de outro rapaz. Segundo os militares, em contato com esse homem, ele relatou que perdeu a identidade e não sabia que a mesma estava com o adolescente.