Primo de Bruno consegue liberação de medida socioeducativa

Do Portal HD
25/09/2012 às 09:22.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:33
 (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

Jorge Luiz Rosa, de 19 anos, primo do goleiro Bruno Fernandes e uma das peças chaves do caso envolvendo o desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, foi liberado da medida socioeducativa que cumpria. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a liberação aconteceu na semana passada, mas a data não foi informada. Ele começou a cumprir a medida socioeducativa em agosto de 2010, quando tinha 17 anos, e concluiu agora a punição. O centro onde ele estava internado também não foi divulgado.

Conforme o TJ, após cumprir a pena, Jorge não deve mais nada à Justiça. A Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais (Seds) informou que não pode passar informações sobre o caso por causa do programa de proteção a testemunhas, apesar de não informarem se o jovem foi incluso no programa.

Procurado pela reportagem do Hoje em Dia, o advogado de Jorge, Eliézer Jonatas de Almeida, disse que não foi comunicado de nada. “Estou em Salvador. Ninguém do meu escritório me procurou para falar se ele foi ou não liberado. Recebi essa informação da imprensa e não sei dizer se é verdade”, disse.

O caso

Jorge foi o principal responsável pela descoberta do caso. Ele morava no Rio de Janeiro quando procurou a polícia para falar sobre o desaparecimento de Eliza. Jorge deu os detalhes sobre como Bruno, Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", teriam agido no dia em que a ex-modelo foi morta.

Na época, ele contou que, depois de manter Eliza na residência na capital fluminense, ajudou a levá-la para o sítio em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, último lugar onde a jovem foi vista. Em seu depoimento, o então adolescente disse que agrediu a vítima com uma coronhada no carro em que foram encontrados vestígios de sangue de ambos e alegou ainda ter visto "Bola", matar a jovem e jogar partes de seu corpo para os cães que mantinha em casa. Posteriormente, o rapaz tentou negar as informações, até ser obrigado e cumprir pena socioeducativa de três anos.

Eliézer pediu a medida protetiva para o rapaz de 19 anos depois que outro primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, foi morto a tiros, no mês passado, próximo a casa onde vivia com a família no bairro Minas Caixa, região Noroeste de Belo Horizonte. Ele era o único acusado de envolvimento no sequestro, cárcere privado e assassinato de Eliza que aguardava o julgamento em liberdade. A Polícia Civil mineira já concluiu as investigações sobre o crime e afirma que a execução não teve relação com o caso do goleiro.

 

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