Primo de Bruno integra lista do programa de proteção à testemunhas em Minas

Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia
30/08/2012 às 07:57.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:52
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

Os programas de proteção à testemunhas, vítimas de crimes e pessoas ameaçadas já atenderam a 5.196 pessoas em Minas nos últimos 12 anos. A morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno que foi apontado como participante do desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio, reacendeu a discussão sobre a utilização desses projetos. Não havia pedido de proteção por parte do suspeito ou do advogado dele. Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), desde a criação dos programas não houve registro de morte dos que precisaram desse atendimento.

O advogado de Jorge Luiz Rosa Sales, de 19 anos, que na época do desaparecimento e morte de Eliza tinha 17 anos, já pediu medida protetiva à Justiça. “É o meu papel de defensor. Fiz isso, porque no máximo em 11 meses ele estará livre e pode precisar. Se o Estado conceder, a escolha de entrar no programa é dele. Nem eu nem ele acreditamos que o Sérgio tenha sido morto como queima de arquivo”, disse.

Cleiton Silva, também envolvido no caso, sofreu duas tentativas de assassinato nesta semana. Com isso, o seu advogado, Lourivaldo Carneiro, afirmou que deve pedir algum tipo de medida protetiva para o cliente.

O superintendente de Políticas de Proteção de Direitos Humanos da Sedese, Cássio de Castro, afirmou que Minas Gerais tem três modelos diferentes para atender a população. Dependendo do perfil do caso, a vítima pode ser encaixada no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), Programa de Proteção a Crianças Ameaçadas de Morte (PPCAM) ou no Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos (PPDDH).

“O pedido do Jorge, por exemplo, pode ser analisado pelo Provita e PPCAM, já que ele era adolescente quando o caso começou”, disse Castro.
O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputado Paulo Lamac, acredita que os programas de atendimento precisam de mais investimentos. “Vamos fazer uma audiência pública em outubro sobre o assunto”, disse.

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