Primo do ex-goleiro Bruno passa por avaliação de conduta e pode ser libertado

Ana Clara Otoni - Do Portal HD
26/07/2012 às 18:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:52
 (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

O primo do goleiro Bruno Fernandes, de 19 anos, que está apreendido há dois anos em um centro socieducativo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está passando por uma avaliação de conduta, nesta semana. Com isso, ele pode deixar o centro, onde cumpre pena por participação no sequestro, no homicídio e na ocultação do cadáver da modelo Eliza Samudio, ex-amante de Bruno. Na época do crime, Jorge Luiz Rosa era menor de idade e, por isso, o processo judicial dele segue em segredo de Justiça.

A expectativa do advogado dele, Eliézer Jônatas de Almeida Lima, é de que o recurso que pede a reintegração do jovem à sociedade seja julgado no Supremo Tribunal de Justiça, em Brasília. "Há seis meses pedi a liberação dele, mas o recurso não foi julgado ainda. Como o caso teve muita repercussão na mídia, as coisas estão sendo dificultadas", afirmou o advogado. Segundo ele, Rosa não teve direito nem mesmo a passar o Natal e Ano Novo dos últimos dois anos com a família. "A Justiça alega uma pseudoproteção para não conceder o benefício da saída em feriados, por exemplo, mas isso tudo tem revoltado muito ele", contou.

De acordo com o defensor, o jovem recebe visitas da avó e do padastro, que moram em Belo Horizonte, mas a mãe dele mora no Rio de Janeiro e não pode visitá-lo com a mesma frequência. "Ela não tem muitos recursos e, além disso, tem três filhos pequenos para cuidar", disse. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que as reavaliações de conduta dos internos nos centros é feita a cada seis meses, mas que um relatório é enviado trimestralmente para a Defensoria Pública, Ministério Público e setores técnicos. O advogado de Jorge afirmou que ele já passou por, pelo menos, cinco reavaliações, mas nenhuma delas o liberou da medida socieducativa.

"Ele tem feito cursos profissionalizantes e tentado ficar tranquilo, mas ele fica muito chateado por não conseguir sair para casa nem nos feriados", disse. Segundo ele, esta é a primeira passagem de Jorge em um centro socioeducativo o que, deveria, dar alguma credencial a ele. "Tem garoto que entra lá com 24 passagens e depois de três meses já consegue sair. Isso é injusto", argumentou Eliézer.

Apesar da tentativa de liberação, o primo do goleiro Bruno só poderá ficar apreendido por mais um ano. Isso porque, pela legislação, como ele foi detido quando era menor de idade o prazo máximo de privação é de três anos. "De um jeito ou de outro ele vai sair em 2013. E eu vou continuar defendendo que ele foi induzido pelos adultos a participar do crime", afirmou o advogado. Segundo ele, Jorge não ficou sabendo das notícias recentes envolvendo as cartas do goleiro Bruno. "Eu tenho tentado poupá-lo de tanta confusão", disse.

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