Professores da UFMG aderiram nesta segunda-feira (15) à greve da categoria, que ocorre em outras instituições do país. Os docentes decidiram se juntar aos servidores técnico-administrativos, que cruzaram os braços há cerca de um mês. O número de profissionais que participa do movimento não foi informado nem o total de alunos afetados.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta apresentada pelo governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658, para R$ 1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.
O Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte (APUBH) informou que o grupo reivindica recomposição salarial de 22,71%.
Coordenador da pasta de aposentadoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes), José Francisco do Nascimento está na UFMG para apoiar a paralisação.
“Dentro do executivo, os técnicos administrativos em educação são a classe com a menor remuneração. Queremos que o governo reveja essa injustiça e faça a recomposição”. Segundo ele, 63 universidades aderiram ao movimento no país.
Segundo o professor aposentado da UFMG e membro do APUBH, Sebastião Lira, a categoria ficou seis anos sem receber aumento salarial. “Estamos com uma defasagem de 36% a 50%.Por isso, essa paralisação é tão importante".
Por nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que tem feito esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores. A pasta diz que está atenta ao diálogo "franco e respeitoso" com as categorias.
Ainda conforme o MEC, no ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os profissionais. Equipes do MEC participam das negociações.
O Hoje em Dia entrou em contato com a UFMG, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca
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