Professores de escolas particulares de Belo Horizonte e cidades de abrangência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT/MG) aprovaram estado de greve e anunciaram paralisação das atividades na próxima quinta-feira (11).

Em nota, o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) afirmou que a decisão vem após a categoria rejeitar a proposta de reajuste salarial Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG), apresentada no último sábado (6).

De acordo com Sinpro-MG, a categoria está há anos sem ganho real e teve o salário desvalorizado. Segundo a entidade, em 2020, a reposição foi de 0% e, em 2021 e 2022, o reajuste não repôs nem a perda pela inflação. A defasagem salarial já se acumula em 20,01%.

“Os professores estão indignados com o desrespeito com que estão sendo tratados. São três anos de desvalorização de nossa categoria, apesar dos aumentos constantes das mensalidades”, afirmou a presidente do Sinpro-MG, Valéria Morato.

Ainda de acordo com o Sinpro-MG, o sindicato patronal ofereceu 4,36% de recomposição salarial, parcelado em duas vezes, em abril e outubro. A reivindicação dos trabalhadores é de reparação das perdas pela inflação mais ganho real de 5% nos salários.

“Os professores estão dispostos a garantir o que é deles por uma luta histórica e por valorização profissional e salarial. O patronal vai na contramão do que está sendo discutido em âmbito nacional sobre direitos dos trabalhadores” destacou a presidente do Sinpro-MG.

Uma assembleia dos trabalhadores das escolas particulares está marcada para a próxima quinta-feira (11), às 10 horas, no auditório da Associação Médica de Minas Gerais, para discutir a negociação com patronal e deflagração de greve.

O Hoje em Dia entrou em contato com o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe-MG) e aguarda retorno.

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