Professores, pais e alunos da Escola Estadual Delfim Moreira, no centro de Juiz de Fora, Zona da Mata, fizeram uma manifestação, nesta quarta-feira (13), em frente à escola. Vestidos de preto, eles protestavam contra a falta de infraestrutura do prédio que abriga a instituição. Tombado pelo patrimônio histórico municipal, o casarão de dois pavimentos da avenida Rio Branco, região central da cidade, sofre com a ação do tempo e de vândalos. Os estudantes utilizavam faixas, apitos e máscaras para denunciar a precariedade do prédio de 153 anos. Um dos professores, que não quis se identificar, informou que na última semana, um aluno chegou a quebrar o pé depois que o chão de madeira cedeu. A denúncia foi confirmada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute). “Esta é uma situação que não pode acontecer. Uma escola tem que oferecer o mínimo de condição e de segurança para alunos e professores. E não é o que acontece no Delfim Moreira”, afirmou o diretor do Sind-Ute, Júlio Sezar Lang Doria. A direção da escola também não se manifestou. No entanto, as informações são de que já teria sido enviado um ofício para a Superintendência de Ensino pedindo providências para os problemas. Na última segunda-feira (11), depois da chuva do fim da tarde, pelo menos quatro salas teriam sido interditadas por conta de goteiras. Outras ficaram alagadas e os alunos ficaram sem aulas por falta de espaço para realocação. De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Educação, a superintendência já foi autorizada a alugar um imóvel para receber, temporariamente a escola. A expectativa é que sejam realizadas obras de restauração, já que o prédio é tombado. Em janeiro, o Departamento de Obra Públicas (Deop-MG) divulgou edital de licitação para contratar a empresa que vai apresentar o projeto executivo de recuperação do prédio a um custo de R$212.955,17. A escolha já foi feita. No entanto, pela burocracia do processo ainda não há data para apresentação do projeto.