Rede Municipal de Ensino

Professores e servidores das escolas municipais de BH anunciam paralisação nesta quarta

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
06/03/2023 às 17:52.
Atualizado em 06/03/2023 às 21:34

Professores, servidores públicos e trabalhadores terceirizados da rede municipal de ensino de Belo Horizonte decidiram paralisar totalmente as atividades nas escolas nesta quarta-feira (8).

A partir das 14h, os trabalhadores devem se reunir na Praça da Estação, na região Central da capital, para discutir as propostas de reajuste salarial para 2023 apresentadas pela PBH.

Na assembleia, professores e servidores concursados devem discutir os 5,93% de reajuste propostos pela Prefeitura, a serem divididos em duas parcelas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sindi-Rede).

A categoria questiona a discrepância com o piso nacional do magistério, que apresentou aumento de 14,95% e passou para R$ 4.420, enquanto o salário do professor da rede municipal, no primeiro nível da carreira, é de R$ 2.507.

Os servidores devem debater ainda a proposta de reforma da previdência municipal, enviada à Câmara dos Vereadores de BH (CMBH) no fim do ano passado pelo prefeito Fuad Noman, mas que teve a tramitação suspensa por seis meses por enfrentar resistência do funcionalismo público.

Na quarta (8) também haverá uma assembleia dos trabalhadores terceirizados das escolas municipais para apreciar a proposta de reajuste salarial e do vale alimentação apresentados pela Minas Gerais Administração e Serviços S.A (MGS).

De acordo com o Sindi-Rede, a empresa ofereceu aumento de 11,38% nos benefícios, mas condicionou a proposta à desistência das ações de dissídio coletivo que tramitam na Justiça, referente às campanhas salariais de 2020 e de 2021.

Os trabalhadores alegam que a proposta é insuficiente, pois o valor oferecido pela MGS é inferior à soma dos dissídios e da inflação acumulada no período.

Em nota, a PBH disse que respeita o direito à livre manifestação e que foi comunicada sobre a paralisação. Além disso, as escolas municipais seguirão com atendimento e, em caso de prejuízo para os alunos em relação ao calendário escolar, os dias serão repostos, conforme previsto em lei.

Sobre o vencimento dos professores, a Prefeitura informou que sempre pagou o piso nacional dos professores e os reajustes advindos das negociações englobariam valores superiores ao piso adaptado para a carga horária da capital.

Segundo o Executivo, a lei federal estabelece R$ 4.420,36 para 40 horas trabalhadas e em BH, para 22 horas e 30 minutos, passa a ser de R$ 2.486,45.

Hoje em Dia entrou em contato com a MGS e aguarda retorno.

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