Após a realização de mais uma assembleia na tarde desta segunda-feira (9), os professores da rede municipal de ensino decidiram continuar em greve e fizeram passeata pelo Centro da capital mineira. O movimentado quarteirão da Praça 7 chegou a ser fechado, o que deixou o trânsito bastante lento nessa região da capital mineira.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sindrede-BH), Wanderson Rocha, a categoria decidiu que só irá discutir os rumos do movimento na próxima quarta-feira (11), às 14h, também em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na avenida Afonso Pena. "Nenhuma nova mudança na última proposta feita pela prefeitura foi apresentada e, por isso, a escolha da continuidade da paralisação", explica o diretor.
Wanderson Rocha ainda informou que em torno de 800 educadores participaram do encontro nesta segunda, que tinha como objetivo analisar as mudanças apresentadas pela PBH e decidir se a greve seria encerrada ou mantida.
Na última quarta-feira (4), os educadores receberam nova proposta da prefeitura, que se comprometeu a apresentar um plano de aproximação entre as carreiras da educação infantil e do professor municipal até o final deste ano. Em relação ao tempo de planejamento das aulas, foi prometido a apresentação de uma proposta de ampliação do período destinado à essa atividade em até 15 dias. Já as mudanças referentes às cláusulas econômicas foram mantidas, ou seja, reajuste de 7% (sendo 3,5% a partir de julho e 3,5% a partir de novembro) e aumento de R$ 1,50 no vale-refeição, além de uma parcela única de abono em dezembro, que varia de acordo com a remuneração.
Os professores entraram em greve no dia 21 de maio, juntamente com as demais categorias do funcionalismo público municipal. Entretanto, os servidores da saúde e da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) já haviam fechado acordo na semana retrasada e os demais profissionais encerraram a greve no dia 4.