Durante a divulgação dos resultados obtidos na educação em Minas Gerais, em 2012, a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, anunciou terça-feira (11) novos investimentos no setor, para melhorar a qualidade do ensino médio mineiro, uma das principais metas da Secretaria de Estado de Educação (SEE) para 2013.

Gazzola apontou a falta de atratividade e adequação do currículo, a defasagem idade-série e a evasão de alunos como questões que impactam negativamente o ensino médio no Brasil e no exterior.

Para tentar mudar esse quadro e tornar as aulas mais interativas, no primeiro semestre de 2013 serão distribuídos 62.500 tablets para cada um dos professores que atuam no ensino médio, um investimento do Ministério da Educação (MEC) de R$ 19,2 milhões. Além dos tablets de sete polegadas equipados com programas educacionais para os professores, as 3.702 escolas estaduais mineiras receberão um tablet de dez polegadas e uma lousa digital.

O incremento faz parte da expansão do programa Reinventando o Ensino Médio. Iniciado de forma piloto em 2012, ele foi implementado em 11 escolas da região Norte de BH e será expandido para outros 122 colégios do Estado. Até 2013, o projeto demandará um investimento de R$ 30,2 milhões e atenderá cerca de 60 mil estudantes.

Até 2014, segundo a SEE, o programa estará presente em todas as 2.206 escolas de ensino médio de Minas. Outras mudanças no ensino médio serão o aumento da carga horária, que passa das atuais 2.500 horas/aula para 3 mil horas/aula, e a implantação de disciplinas voltadas para o mercado de trabalho.

Balanço

Sobre a conturbada reposição de aulas devido à greve de 2011, a secretária afirmou que todo o cronograma de compensação foi cumprido. “Os resultados teriam sido melhores se não houvesse as dificuldades, mas o saldo geral foi positivo”, disse.

Gazzola se refere a bons resultados como os obtidos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, divulgados em agosto. A rede estadual mineira foi a primeira e única no país a alcançar, nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), o índice 6, padrão considerado como a média dos países desenvolvidos.

No entanto, para a professora do Departamento de Administração Escolar da Universidade Federal de Minas Gerais, Mônica Correia Batista, não há muito o que comemorar. “Nenhum Estado no Brasil pode se orgulhar da carreira dos professores, nem do ponto de vista salarial, nem das condições de trabalho”, observou.

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