Anunciado com pompa pelo governo federal na última segunda-feira, o programa “Mais Médicos”, que prevê um conjunto de medidas para suprir a carência desses profissionais da saúde, não vai preencher nem sequer um quarto do déficit previsto para Minas Gerais em 2014.
Segundo o secretário nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, mantidas as condições atuais, no próximo ano, faltarão cerca de 8 mil médicos no Estado. Com a implantação do projeto federal serão 6 mil postos abertos. No país, serão mais de 75 mil.
Porém, Magalhães saiu em defesa do plano, alegando que as mudanças anunciadas fazem parte de um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo da pasta, que procura levar mais profissionais para a população.
“Estamos fazendo amplos estudos para definir as áreas prioritárias a receberem esses profissionais. O programa será muito importante para a sociedade”, disse Helvécio Magalhães, por telefone, em entrevista ao Hoje em Dia.
O secretário geral do sindicato dos Médicos de Minas, Fernando Mendonça, contesta o déficit. O representante da categoria voltou a afirmar que não faltam profissionais, e sim melhores condições de trabalho.
“Nós temos médicos. Mas, como eles podem trabalhar tranquilos se não há um plano de carreira? Como aceitar um emprego num posto de saúde para ganhar R$ 20 mil no primeiro mês e depois ser demitido pelo prefeito que não terá condições de arcar com o salário?”, questionou Fernando Mendonça.
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