(Veronica Manevy/Imprensa MG)
Mais de 225 mil mudas de árvores nativas já foram plantadas em áreas degradadas de diversos municípios mineiros, e 20 nascentes recuperadas desde o lançamento do projeto Plantando o Futuro, em 2016.
O programa, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), teve investimentos de R$ 30,5 milhões via convênios, dos quais R$ 8,3 milhões já foram liberados.
O Plantando o Futuro é uma parceria entre Codemig, Centro de Formação Francisca Veras e o Instituto Espinhaço. As mudas são produzidas em Itabira, Campo do Meio, Montes Claros, Uberlândia, Periquito e Brazópolis.
Reflorestamento
No viveiro de mudas de Itabira, no Vale do Aço, foram cultivadas 800 mil mudas de árvores nativas do Cerrado e da Mata Atlântica, para reflorestar 61 municípios da Serra do Espinhaço, beneficiando mais de um milhão de pessoas.
Ontem, Dia Mundial do Meio Ambiente, o governador Fernando Pimentel visitou o local e destacou os avanços do projeto desde a concepção, ainda no início da gestão.
“Quando tomamos posse, falei com minha equipe que, se a gente plantasse em cada cidade do Estado pelo menos mil árvores, teríamos 853 mil árvores plantadas. Depois, fui descobrir a dificuldade para ter as sementes, que não tínhamos nos viveiros do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Debatemos a questão por dois anos, até lançarmos essa ideia de nos unir aos institutos parceiros do projeto. Hoje, dá gosto de ver este viveiro. É um dia de festa”, afirmou o governador.
Interface
Depois de assistir à apresentação de detalhes do projeto, Pimentel conheceu o trabalho dos funcionários do programa na produção das mudas e áreas de testes de germinação, além da sala onde se guardam as sementes a serem plantadas.
Segundo o presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Cláudio Ferreira de Oliveira, a região é “emblemática” e portfólio de um trabalho de tecnologia de ponta em germinação de sementes, em parceria também com universidades.
“Talvez seja um dos maiores projetos do Estado. Estamos, em parceria, plantando esperança e fazendo interface com todos os institutos locais. Aqui na região de Itabira temos dois viveiros (instalados em maio), 480 mil sementes para produzir e 800 mil mudas prontas. Poderíamos estar apenas plantando mudas, mas vai muito além disso. Estamos produzindo uma tecnologia que não existe no Brasil e poderá ser capitalizada”, resumiu.
Expansão
Coordenador do Plantando o Futuro na Codemig, Cléber Maia destacou que o viveiro de Itabira foi um dos primeiros a ser construído e deverá ser expandido. A próxima fase de plantação das mudas será a partir de setembro deste ano, com a chegada das chuvas.
“Esse viveiro ficou pronto em novembro de 2016 e já está em expansão. É daqui que sairão as mudas que serão plantadas pelo Instituto Espinhaço na próxima leva. É uma referência para os mineiros e para o Brasil na recuperação de matas ciliares, nascentes e reflorestamento”, disse.
Além Disso
O projeto Plantando o Futuro também tem objetivos sociais e, para isso, firma convênios e termos de cooperação com entidades e órgãos que têm projetos que atendam às demandas das respectivas regiões.
Em alguns municípios, por exemplo, as mudas são produzidas pela população carcerária. Órgãos estaduais, como o IEF e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), também participam da iniciativa.
Mais frentes
Outra proposta do Plantando o Futuro é recuperar viveiros do IEF. As unidades de Leopoldina, Patos de Minas e Corinto estão recebendo investimentos e devem produzir dois milhões de mudas por ano. Em maio, a Codemig homologou licitação para a compra de insumos para esses três viveiros.