Um projeto de manejo das capivaras da orla da lagoa da Pampulha está em fase final de elaboração, garante a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Desde a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE) em fevereiro deste ano, um estudo detalhado da situação atual dos roedores foi feito. O projeto prevê três etapas: o monitoramento e censo dos animais, cirurgia de castração e monitoramento pós-cirúrgico.
O início da execução das ações previstas no cronograma depende agora da contratação da empresa que será responsável por esse manejo. Essa contratação é proveniente de um termo de medida compensatória. Nesse sentido, estão sendo realizadas negociações entre a empresa que está se licenciando junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e possíveis fornecedores. A prefeitura tem dois anos para concluir o plano de manejo.
Segundo a secretaria, uma cirurgia de castração piloto foi filmada e fotografada em uma das capivaras para servir de modelo para os outros roedores que irão passar pelo procedimento.
Estima-se que, atualmente, de 85 a 100 capivaras estejam vivendo na orla da lagoa da Pampulha.
Compromisso
Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte se comprometeu a realizar um manejo sustentável e o controle populacional de animais silvestres e domésticos que vivem ou circulam na Lagoa da Pampulha e no Parque Ecológico Francisco Lins do Rego. A intenção principal foi erradicar, do local e dos animais, o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa.
Os termos do acordo levaram em consideração três pilares: proteção da saúde, preservação da fauna e da flora e defesa do patrimônio arquitetônico e histórico.
Pelo acordo, as 85 capivaras serão retiradas da Pampulha, esterilizadas e depois, em até 180 dias, reintroduzidas ao local de forma segura tanto para os animais, como para a saúde pública e o patrimônio cultural.
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente