Projeto piloto da prefeitura põe guardas municipais em 15 centros de saúde da capital mineira

Ana Júlia Goulart
agoulart@hojeemdia.com.br
30/11/2017 às 20:55.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:58

(Pedro Gontijo)

Quinze centros de saúde de Belo Horizonte estão com proteção reforçada desde a última segunda-feira, em medida para coibir a criminalidade. Segundo a Secretaria de Saúde da capital (SMSA), guardas municipais farão vigilância fixa nessas unidades durante o horário de atendimento, dentro de um projeto piloto lançado pela prefeitura. Os locais que ganharam o efetivo não foram divulgados por questões de segurança.

A medida foi inicialmente colocada em prática em centros de saúde das regiões Oeste, Noroeste e Barreiro. Os postos que passaram a ter os agentes fixos foram escolhidos a partir de diagnóstico feito pelas pastas da Saúde e de Segurança e Prevenção. Dentre os critérios, foram levados em conta o grau de vulnerabilidade social e os registros de crimes nesses locais.

A Guarda Municipal informou que os profissionais ficam nos postos durante todo o período de funcionamento deles. Onde não há agente fixo, as rondas motorizadas foram intensificadas. Ainda segundo o órgão, não houve ampliação de efetivo para atender a demanda de proteção fixa, já que a quantidade de homens é suficiente para viabilizar a mudança. Reajustes na logística foram feitos para garantir o serviço.

um mês

Ocorrências

Nesta semana, casos de violência foram registrados nos postos de saúde Cícero Idelfonso, no bairro Vista Alegre, Oeste da capital, e na unidade localizada no Novo Glória, na região Noroeste.

No primeiro, criminosos armados assaltaram o local na última terça-feira. Já no outro, homens fizeram arrastão, levando pertences de funcionários e usuários. Em ambos os postos não há porteiro nem câmeras de monitoramento. Inclusive, em reportagem publicada em 23 de outubro, o Hoje em Dia mostrou que os ataques aos profissionais desses estabelecimentos são frequentes. Os centros de saúde estão sem guarda desde 2015.

O valor investido para o reforço nos 15 locais não foi informado. Segundo a SMSA, só após o período de experimentação é que os recursos poderão ser mensurados.

Todos os locais

Por causa da violência, alguns servidores estudam pedir transferência das unidades onde trabalham. É o que afirma a diretora de Saúde do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Cleide Donária. Ela defende a alocação fixa de guardas e seguranças em todos os 152 centros de saúde da capital.

De acordo com a SMSA, dentro de um mês o projeto piloto será avaliado para definir se ele será implantado nas outras unidades.

A secretaria informou, ainda, em nota, que o problema da segurança nas unidades de saúde não pode ser visto de forma isolada. Os casos nos centros do Vista Alegre e do Novo Glória foram registrados em boletins de ocorrência tanto pela Polícia Militar quanto em documentos da Guarda Municipal. O atendimento à população está normalizado.

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