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O promotor de Justiça Marcus Vinícius Ribeiro, que no último sábado (21) foi alvo de atentado em Monte Carmelo, região do Alto Paranaíba, será ouvido pela Polícia Civil na sexta-feira (27). Conforme o delegado Wilton José Fernandes, após o depoimento da vítima o caso será encerrado. "Espero concluir o inquérito até a próxima segunda-feira (2)", disse. Segundo o delegado, restam apenas algumas laudos periciais para ser juntado ao processo. "Mas eles não são essenciais para a conclusão do inquérito. Depois de ouvirmos o promotor, o inquérito será concluído", reforçou. Por questão de segurança, o local onde Marcus Vinícius prestará esclarecimentos sobre o crime está sendo mantido em sigilo. O delegado Wilton José informou, ainda, que a polícia trabalha com a mesma linha de investigação. "Tudo leva a crer que a motivação, circunstâncias do crime e autoria são aquelas já divulgadas". Anteriormente, o investigador já havia declarado que o crime pode ter sido motivado por vingança, uma vez que o promotor denunciou o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Valdelei José de Oliveira por fraudes em licitações. Por causa da denúncia, o político teve o mandato cassado em 2014. O filho do parlamentar, Juliano Aparecido de Oliveira confessou a tentativa de assassinato e inocentou o pai do crime. Contudo, a polícia acredita que Valdelei ajudou a tramar o atentado. Os dois estão presos provisoriamente. O promotor deixou o hospital onde estava internado na quarta-feira (25). Atentado Conforme o delegado Wilton José, o promotor Marcus Vinícius Ribeiro deixava a promotoria de Monte Carmelo quando, ao entrar no Palio Adventure Weekend, placa DWW-6334, foi supreendido por um motociclista que chegou disparando em direção ao automóvel. Testemunhas contaram que a vítima, mesmo ferida, deixou o veículo e seguiu fuga a pé até um restaurante, onde foi socorrida por populares e encaminhada até o Hospital Virgílio Rosa. O promotor foi atingido três vezes nas costas e uma no braço. Da unidade de saúde, ele foi transferido para um hospital de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Logo após o atentado, uma força-tarefa envolvendo as polícias Civil, Militar e Federal foi montada. Juliano Aparecido de Oliveira foi localizado e detido na madrugada deno município de Romaria, vizinho a Monte Carmelo. Ele estava na casa da cunhada e não apresentou resistência à prisão. A suposta moto usada no crime estava no imóvel e foi apreendida. Depois da detenção, ele foi levado até a delegacia de Monte Carmelo para prestar esclarecimentos. Lá, Valdelei José compareceu para tentar livrar o filho da cadeia e acabou sendo preso em flagrante apontado como o mandante do crime. Repúdio Os promotores de Minas Gerais vão participar de um ato público na sexta-feira (27), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Segundo a Associação Mineira do Ministério Público (AMMP), a manifestação será feita em repúdio ao atentado sofrido pelo promotor. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que devem participar do ato o procurador-geral de Justiça Carlos André Mariani Bittencourt e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entre outros promotores e procuradores do Estado. O evento será realizada a partir das 13h, no Center Convention, localizado no Center Shopping Uberlândia, na avenida João Naves de Ávila. Após o atentado contra Ribeiro, o MPMG informou que vai intensificar a segurança dos mais de mil promotores e procuradores de Justiça do Estado.