Os promotores de Justiça Fernanda Balbinot, Paula Moraes de Matos, Julimar da Silva e Douglas Chegury denunciaram nesta quinta-feira, 22, dom José Ronaldo, bispo de Formosa, por apropriação indébita, associação criminosa e falsidade ideológica. Preso temporariamente desde segunda-feira, 19, na Operação Caifás, dom José Ronaldo teve a custódia convertida em preventiva pela Justiça.
A acusação do Ministério Público de Goiás atinge ainda monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, o contador Darcivan da Conceição Serracena, o bispo José Ronaldo Ribeiro, o secretário da Cúria Guilherme Frederico Magalhães e o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau de Barros Barbosa Júnior.
Foram denunciados também os padres Moacir Santana, Mário Vieira de Brito e Waldson José de Melo e os empresários Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa Augusto e o advogado Edimundo da Silva Borges Júnior. À exceção dos empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique, todos os demais responderão pelo crime de associação criminosa.
Nesta semana, o papa Francisco nomeou o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, administrador apostólico da Diocese de Formosa. A função de dom Peixoto será governar a Diocese que com a prisão de dom José Ronaldo ficou sem bispo.
Dom José Ronaldo foi preso por suspeita de articular um esquema na Igreja Católica que teria desviado R$ 2 milhões do dízimo e das doações dos fiéis.
O Ministério Público começou a investigar o esquema de desvios na Diocese de Formosa em dezembro, a partir de denúncias de fiéis que exigiam transparência na prestação de contas da Igreja.
A investigação mostra que, além do dízimo e das doações, o grupo de religiosos teria desviado dinheiro arrecadado em eventos festivos da Igreja.
Defesa
A reportagem fez contato com a Diocese de Formosa, mas não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação da Diocese e da defesa de dom José Ronaldo e dos outros religiosos denunciados pelo Ministério Público.
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