O reajuste salarial e a mudança no pagamento do abono-fardamento proposto pelo governador Romeu Zema (Novo) nesta quinta-feira (24) não agradou as forças de segurança de Minas. Uma nova manifestação está marcada para esta sexta-feira (25), às 9h, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. 

Segundo o gestor, um Projeto de Lei será encaminhado para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para que o abono, que hoje é pago em uma única parcela, em abril, seja ampliado para três, a serem quitadas em março, junho e outubro. Cada uma terá o valor de 40% da remuneração de um soldado.

Além disso, haverá um reajuste de 10% do salário, válido a partir de maio, para todo o funcionalismo público. 

Como a proposta não atende o pedido da categoria, haverá uma nova manifestação, segundo informou o coronel Ailton Cirilo, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (AOPMBM).

De acordo com o diretor da Federação Interestadual dos Policiais Civis (Feipol) da região Sudeste, Wemerson Oliveira, as mudanças são insuficientes, já que o pedido é por uma correção de 37,75%, pois uma parcela de 13% foi paga em 2020.

O inspetor lembra que ficou acordado um reajuste de 12% em 2021 e 2022, mas foi vetado por Zema. “Essas duas parcelas não entram no salário. O governo pode eliminar isso a qualquer momento. E como ele não tem palavra, como estamos vendo, ele pode revogar”.

A reportagem procurou o governo do Estado para se pronunciar e aguarda retorno.

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