Os seis homens que assaltaram um banco e uma cooperativa de crédito em Santa Margarida, na Zona da Mata, foram condenados pela morte de um policial militar e um segurança, além dos crimes contra o patrimônio, organização criminosa, roubo qualificado, posse ilegal de armas e crime de adulteração de sinal de veículo automotor, conforme sentença do juiz Bruno Miranda Camêlo 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da comarca de Abre Campo, na mesma região.
Sirlande da Silva foi condenado a 63 anos, seis meses e 22 dias de reclusão; Josimar Pereira a 68 anos e sete dias de reclusão e 58 dias-multa; Wesley Rosa Firmino foi condenado a 49 anos, 6 meses e 15 dias de prisão; Daniel Rodrigues condenado a 49 anos, 6 meses e 15 dias de reclusão por latrocínio (vítimas do banco do Brasil, banco SICOOB, Globalseg, Polícia Militar), crime continuado, organização criminosa e adulteração de sinal identificador de veículo automotor; Ademar José Pedrosa e Marcos Henrique Fernandes Ribeiro foram condenados a quatro anos e seis meses de reclusão por organização criminosa, pena de prisão em regime semiaberto.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, a organização criminosa era conhecida com “Novo Cangaço”. No dia 10 de julho deste ano, Sirlande da Silva, Josimar Pereira, Wesley Rosa e Daniel Rodrigues, com toucas para dificultar a identificação, estiveram primeiramente na agência do SICOOB e fizeram dois reféns que foram usados como escudos humanos e levados até a porta do banco. No local, eles roubaram R$ 91 mil.
Depois, os criminosos levaram os reféns até a agência do Banco do Brasil. Houve troca de tiros e o vigilante morreu. No segundo endereço, eles não conseguiram pegar o dinheiro, porque o cofre estava trancado.
De volta à rua e ainda com os reféns, os quatro acusados atiraram contra os Policiais Militares. Um PM acabou atingido e morreu.
O juiz responsável pelo caso entendeu que a materialidade dos delitos atribuídos aos acusados está demonstrada nos documentos juntados aos autos. Entre eles, auto de apreensão contendo diversos objetos encontrados no local da prisão em flagrante, como os R$ 91.400,00 em espécie, armas de fogo, munições e laudos extraídos de conversas em celulares.
* Fonte: TJMG