A ex-estudante de direito Érika Passarelli Vicentini Teixeira, acusada de planejar a morte do próprio pai para receber um seguro de vida, começou a ser julgada na manhã desta segunda-feira (10). O crime do qual ela é acusada ocorreu em agosto de 2010.
O destino da ré será decidido por quatro homens e três mulheres, que foram selecionados para integrar o Conselho de Sentença. No início do julgamento, a defesa da acusada reclamou que não havia nenhum promotor da comarca de Itabirito, mas o magistrado mandou prosseguir com o julgamento.
Crimes
Além de participação no homicídio de Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, ela é acusada de aplicar uma série de golpes em lojas de roupa de Belo Horizonte, passando cheques sem fundo. No entanto, segundo a defesa da ré, a verdade seria que, ao passar por uma crise depressiva após o falecimento do pai, a ex-estudante teria extrapolado nas compras e se desentendido comercialmente.
De acordo com denúncia do Ministério Público, o assassinato foi cometido pela acusada e mais duas pessoas, que tiveram o processo desmembrado. A ré responde pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante dissimulação. Érika foi denunciada em 4 de maio de 2011 e pronunciada em dezembro de 2012.
Para o juiz Antônio Francisco Gonçalves, a materialidade do fato está descrita no relatório de necropsia e nos laudos periciais.
Em seu depoimento na delegacia, Érika ficou em silêncio. Já em juízo ela negou a participação no crime e afirmou que tinha um bom relacionamento com o pai, de quem gostava muito. A ré afirmou ainda que nunca teria coragem de atentar contra a vida do pai e nem mesmo de mandar que outra pessoa o fizesse. No entanto, uma testemunha ouvida no processo alegou que a acusada e o pai se desentenderam e passaram a brigar com frequência, ocasiões em que ela chegou a dizer que queria que ele morresse.
O processo envolvendo os outros dois réus também tramita em Itabirito, ainda sem data de julgamento. Ele foi desmembrado porque, na fase inicial do caso, quando os réus estavam presos, e Érika foragida.
Morte do pai
No último dia 14, a Justiça mineira confirmou que Érika Passarelli irá a júri popular por supostamente planejar o assassinato de Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, para receber mais de R$ 1 milhão em apólices de seguro. O crime ocorreu em 5 de agosto de 2010.