ATUALIZAÇÃO - Essa reportagem foi atualizada às 15h com o novo balanço de mortes no acidente informado pelo Corpo de Bombeiros
O trecho da BR-116 próximo a Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, onde ao menos 38 pessoas morreram após um acidente envolvendo um ônibus, um caminhão e um carro, contava com um radar de limite de velocidade. A máxima permitida no local era de 60Km/h. No entanto, o equipamento foi retirado recentemente após o fim do contrato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Vale reforçar que não há informação se algum dos veículos estava em alta velocidade no momento da tragédia. Somente as investigações do caso poderão apontar se houve alguma irregularidade.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trecho não era palco de desastres como esse. “O radar próximo ao local aqui foi retirado por conta do contrato com o Dnit, que venceu e os novos equipamentos ainda não foram colocados”, disse Renato Neto, agente da PRF, em entrevista à TV Globo.
Ainda segundo o policial, a batida envolvendo os três veículos chamou a atenção da PRF. “Eu, com 15 anos de carreira, nunca vi um acidente com tanta gravidade, foi um cenário de guerra que a PRF encontrou aqui. Faltam palavras para descrever”.
O Dnit foi procurado para falar sobre a retirada do radar do trecho, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
O acidente aconteceu na madrugada deste sábado (21). Pelo menos uma criança está entre as vítimas.
O acidente envolveu um ônibus, uma carreta e um carro de passeio. O coletivo transportava 45 passageiros. Com o impacto da batida, o ônibus pegou fogo. As vítimas ficaram presas às ferragens e morreram carbonizadas.
A corporação informou que o ônibus vinha de São Paulo e, próximo à localidade de Lajinha, no km 286, estourou um pneu. O motorista acabou perdendo o controle da direção e batendo de frente com a carreta. Um carro que vinha atrás também colidiu no coletivo, mas os três ocupantes saíram com vida.