Recintos vazios e ar de abandono decepcionam visitante do Zoo de BH

Danilo Emerich - Do Hoje em Dia
03/11/2012 às 07:52.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:50
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

  Não foi só a morte do gorila Idi Amin que diminuiu o encanto do Zoológico de Belo Horizonte. Sem sua grande estrela desde março, um dos principais espaços de lazer da capital, na Pampulha, sofre com o descaso e decepciona os visitantes.   Não bastasse a falta de um novo animal para substituir o primata, o zoo enfrenta problemas com recintos vazios, áreas de difícil visualização, placas desgastadas, redução da quantidade de animais, precariedade de informações, sujeira e até falta de um ambulatório para atendimento a visitantes.   A média histórica da população do zoo é de mil animais, excluindo os 2.336 peixes do aquário inaugurado em 2010. Desde 2007, no entanto, o número de bichos vem caindo. Há cinco anos eram 1.094 animais. Agora, são 853 de 254 espécies distribuídos em 300 recintos.   Sem atrativo   O passeio não é garantia de ver e aprender sobre os animais. Pelo menos dez espaços estão vazios, sendo quatro na ala dos répteis, três no setor dos veados, dois na seção dos felinos e o recinto dos jabutis. Além disso, vários cativeiros têm pontos cegos, o que dificulta avistar os bichos.   Os amigos Renato Sato, de 32 anos, e Fernando Oliveira, de 21, ficaram decepcionados com o que viram, ou melhor, com o que não viram, na primeira ida ao zoo. “Frustra ver recintos grandes, como o da onça-pintada, vazios. Na ala das cobras, os vidros estão manchados”, diz Renato.   Outro entrave são as placas informativas. Instaladas há 20 anos, estão enferrujadas, muitas danificadas e de difícil visualização. Em alguns casos, os espécimes no recinto são diferentes dos apresentados nas sinalizações. A assessoria do zoo informou que os vidros das cobras são limpos semanalmente e há um estudo para mudança das placas.   Adaptação   O diretor do Zoológico da Fundação Zoobotânica de BH, Carlyle Mendes Coelho, atribui os recintos vazios às reformas dos espaços e ao tempo de adequação dos bichos. “Recebemos alguns animais no início do ano. Eles precisam passar por exames, ficar um tempo de quarentena e se adaptar ao lar até serem expostos”.   Carlyle nega que há muitos cativeiros vazios e adianta que as onças-pintadas voltam aos recintos em breve.    Além disso, o zoo está em busca de novos animais, assim como um novo gorila macho para as duas viúvas de Idi Amin. 
    Leia mais sobre os problemas do Zoológico de BH na Edição Digital

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