Redação desafia participantes do Enem em segundo dia de prova

Raquel Ramos e Lady Campos - Do Hoje em Dia
04/11/2012 às 09:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:51

(FLÁVIO TAVARES)

Em meio a boatos de cancelamento espalhados pelas redes sociais, o primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) transcorreu sem grandes transtornos em Belo Horizonte e no restante do Brasil. Hoje, as provas são de redação, Matemática e linguagens.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), três locais em todo o país sofreram queda de energia durante a avaliação.

A UFMG foi um deles. Entre 13h49 e 13h54, os estudantes fizeram o teste sem luz, mas como as salas eram claras, não houve necessidade de prorrogar o teste. A causa do apagão foi um problema no circuito que alimenta o campus, segundo a Cemig.

No resto do Brasil, os transtornos ficaram restritos aos atrasos de candidatos e à notícia falsa de que o exame seria cancelado.

O Ministério da Educação (MEC) encaminhou à Polícia Federal os nomes dos candidatos que publicaram o boato em redes sociais, na manhã de ontem. Outros 37 participantes que postaram em redes sociais fotos dos cartões de resposta e do caderno de prova acabaram desclassificados. As imagens foram feitas com celular. O uso de telefone é proibido no Enem.


Precavida

Uma das primeiras candidatas a chegar à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG foi Helena Fernanda Azevedo, de 19 anos, que desde as 10h30 aguardava a abertura dos portões. “Em 2010, perdi o horário e não me deixaram entrar. Para não me arriscar, me antecipei demais”.

Enquanto Helena queria ser uma das primeiras a entrar na sala, as irmãs Marcela e Lorena Souto, de 19 e 21 anos, aguardaram até os últimos minutos do lado de fora. Elas aproveitaram para rever conteúdos de Geografia e Biologia. “Quem sabe não tenho a sorte de rever algo que estará na prova?”, disse Marcela.

O movimento de alunos na UFMG começou a cair por volta das 12h40, 20 minutos antes do início do Enem. Nesse horário, candidatos já corriam para chegar a tempo até o local da prova.

Mas nem com o passo acelerado uma grávida de sete meses conseguiu entrar na sala. “O ônibus demorou muito e eu não conhecia a universidade. Passei em dois prédios errados antes de encontrar o lugar certo”, relatou, aos prantos, a jovem, que ficou do lado de fora. Ela não quis se identificar.

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