(João Alves)
Apesar do baixo índice de ocorrências durante a Parada do Orgulho LGBT, em BH, uma das principais preocupações para a 18ª edição deste ano é a segurança dos participantes. São esperados pelo menos 15 mil pessoas e, segundo os organizadores, o público pode ser ainda maior com a adesão durante o trajeto de 2,3 quilômetros.
O alerta para a segurança partiu de casos de violência em outras paradas, como a de São Paulo. Também, publicações no Facebook e no Instagram envolvendo ameaças de violência no dia da parada chamaram a atenção dos organizadores para o planejamento da segurança com as corporações.
A parada irá contar com o apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal, BHTrans e Bombeiros. Não foi informado o efetivo para o evento, mas o objetivo é garantir a segurança na concentração, trajeto e na volta dos participantes, prevista para as 21h. Três ambulâncias particulares, uma unidade do Samu, uma UTI Móvel e 100 brigadistas também estão presentes, de acordo com a organização.
A concentração será no domingo (19) a partir do meio dia, na Praça da Estação. Às 16h, está prevista a saída do movimento, que passará pela avenida dos Andradas, rua da Bahia, avenida Afonso Pena e rua Professor Moraes.
Todo o evento será monitorado pelo Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP), que atuou durante a Copa de 2014.
“Eles irão acompanhar em tempo real todo o movimento”, explicou o gerente de Articulação da Política Pública LGBT da Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos, Roberto Chateaubriand Domingues. Com a atuação do centro, com base no bairro Buritis, segundo Roberto, a meta é identificar previamente as ameaças difusas durante a parada.
No espaço de monitoramento, um representante do movimento LGBT e a membros da inteligência da polícia estão presentes.
“Esperamos que a parada seja bem segura e que a gente tenha o apoio da polícia”, afirmou um dos coordenadores do evento Azilton Viana.
Para todos os públicos a fim de garantir e conquistar direitos
A previsão dos organizadores é de que a parada deste ano reúna o público de todas as idades. No local, haverá seis tendas com serviços, entre eles atendimento de saúde e da Defensoria Pública. Shows com artistas ligados à causa também irão animar a festa.
Segundo Thiago Costa, um dos coordenadores da parada, são esperadas pessoas de todo o estado. “A gente deixa a cidade colorida neste final de semana”.
Na parada deste ano, o objetivo do movimento é lutar pela manutenção dos direitos conquistados e batalhar por outros, como a criação de uma lei pró LGBT em âmbito nacional e alterações no estatuto da família.
O preconceito é outra questão que a parada tenta combater, desde 1997. Com esse objetivo, o coordenador especial de políticas de diversidade sexual, Douglas Miranda, garantiu o apoio do governo nessa e nas próximas edições. “O governo está disposto a enfrentar o preconceito junto com o movimento LGBT”, afirmou Miranda.