Regiões Leste e Pampulha têm maior incidência de focos do Aedes aegypti em BH, aponta LIRAa
De acordo com o levantamento, 0,6% dos imóveis visitados este ano estavam com larvas do mosquito, o que classifica a capital como área de baixo risco
A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou, no início da tarde desta segunda-feira (11) o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) utilizado para identificar áreas com maior concentração de focos e os tipos de criadouros mais frequentes do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. O estudo apontou que 0,6% dos imóveis visitados este ano estavam com larvas do mosquito, o que classifica a capital como área de baixo risco.
O percentual se refere à média na capital. As regiões Leste e Pampulha são as com maior índice: 0,9%. Pela padronização do Ministério da Saúde, se o resultado for ≥ 4,0%, o risco é considerado alto. De 1,0% a 3,9% o risco é médio. Já se o número for <1,0% o risco é baixo.
No último sábado (9), foi realizado em BH o "Dia D" de combate à dengue e outras arboviroses. Agentes da Saúde visitaram diversas residências na região Leste orientando moradores quanto aos perigos de se manter locais propícios para a criação do Aedes, como pneus e vasos de plantas.
Sobre o LIRAa
O LIRAa é realizado anualmente nas nove regionais da cidade e permite à Secretaria Municipal de Saúde intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti, especialmente nas áreas com maior infestação larvária. Os dados demonstraram ainda que 86,1% dos focos estão em ambientes domiciliares, o que reforça a necessidade de cuidados e colaboração da população.
O levantamento também indica os criadouros predominantes nas áreas:
- 42,5% em pratinhos de plantas;
- 13,3% em materiais inservíveis, como latas e plásticos descartados;
- 7,1% em bebedouros de animais;
- 6,9% em tambores e barris para armazenamento de água;
- 6,4 em caixas d’água;
- 5,6% em recipientes domésticos como baldes e vasos.
“As nossas ações preventivas e de conscientização são realizadas durante todo o ano, mas com o resultado em mãos conseguimos intensificar os cuidados em ambientes específicos. Já compartilhamos as informações com nossas equipes, mas lembramos que é indispensável a colaboração das pessoas. Esse é um trabalho que vai além da atuação do poder público”, ressaltou a subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde, Thaysa Drummond.
Confira o resultado do LIRAa por regional:
Regional > Resultado
Leste > 0.9
Pampulha > 0.9
Venda Nova > 0.8
Nordeste > 0.7
Oeste > 0.6
Barreiro > 0.5
Norte > 0.5
Centro-Sul > 0.4
Noroeste > 0.4
Resultado total
Belo Horizonte > 0.6