Estudo realizado pela Fiocruz Bahia indica que há risco de morte de pessoas infectadas pelo vírus por até três meses após o início dos sintomas da doença (Rodrigo Méxas e Raquel Portugal/Fiocruz)
Belo Horizonte já registra mais de 12 mil casos de dengue em 2023, conforme último balanço da Secretaria Municipal de Saúde divulgado nesta semana. Conforme a pasta, há 1.501 notificações pendentes de resultados de exames laboratoriais e avaliações epidemiológicas. Foram investigados e descartados outros 36.330 registros.
A região Nordeste da capital é a que teve mais casos confirmados, com 2.617 positivações. Na sequência aparece a Norte (1.836) e Pampulha (1.201). Veja abaixo as outras regionais.
Ainda segundo o balanço, o mês que teve mais positivações foi abril, com 4.561 casos confirmados, seguido por março (2.845) e maio (2.375). Confira abaixo:
Armadilhas
Bairros de todas as regionais de BH vão ganhar armadilhas para monitorar a circulação do Aedes aegypti e intensificar ações preventivas em áreas com maior número de mosquitos para combate à dengue.
Na quinta-feira (7), as primeiras das 1,7 mil ovitrampas, como são conhecidas as armadilhas, serão instaladas na região Oeste. As estruturas simulam o ambiente ideal para a reprodução e possuem uma substância que atrai as fêmeas.
Dengue em BH
Em 2023 já foram realizadas 78 mil visitas para o monitoramento das ovitrampas. Essas armadilhas são colocadas em imóveis selecionados pela equipe de Zoonoses, sendo georreferenciados locais sombreados, abrigados da chuva e com menor fluxo de pessoas e animais. Após sete dias de instalação é feito o recolhimento e a contagem de ovos no Laboratório de Entomologia da Prefeitura.
A partir desses resultados, são realizadas análises para o direcionamento estratégico das ações em campo, como por exemplo o sobrevoo de drones para a aplicação de larvicida diretamente nos pontos de risco, mutirões de limpeza e ações de bloqueio.
“É uma estratégia muito sensível e eficiente para identificar a presença do Aedes aegypti. Isso permite que a gente tenha uma estimativa da quantidade de mosquitos naquela região e faça ações pontuais e direcionadas para reduzir a densidade vetorial”, explica o subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos.
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