O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramírez, e o pró-reitor de graduação, Ricardo Takahashi, confirmaram que não há condições das aulas do segundo semestre começarem no dia 3 de agosto na instituição. Eles estiveram nesta quinta-feira na assembleia geral dos trabalhadores técnico-administrativos em educação de instituições federais mineiras, em greve há 64 dias.
Os dirigentes responderam a algumas perguntas dos servidores e chegaram a propor que o processo de matrícula comece na próxima segunda-feira (3) para que as aulas possam ser iniciadas a partir de 24 de agosto. No entanto, os trabalhadores ainda vão decidir se vão aceitar essa alternativa ou se vão manter o planejamento de iniciar as matrículas no dia 6 de agosto, para que as aulas retornem somente em 1º de setembro.
No entanto, segundo a assessoria da universidade, a decisão final referente ao calendário letivo da UFMG será tomada em reunião do conselho universitário, que acontece na tarde desta quinta-feira (30).
As suspensões das aulas em outras instituições de Minas, como a UFJF, de Juiz de Fora, a Ufop, de Ouro Preto, e a UFVJM, dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, também foram confirmadas pelas reitorias das universidades.
Os servidores técnico-administrativos das universidades federais de Minas Gerais estão desde o dia 28 de maio de braços cruzados. Com cerca de 65% de adesão, a categoria reivindica aumento salarial, fim dos cortes no orçamento da educação, extinção do fator previdenciário e melhores condições de trabalho.